pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A cada nova declaração de autoridades americanas, a expectativa do pior.
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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Editorial: A cada nova declaração de autoridades americanas, a expectativa do pior.

 


A cada nova declaração de uma autoridade americana sobre as tarifas impostas aos produtos de exportação brasileiros, algo sugere que não teremos uma solução para o problema. Um grupo eclético de senadores brasileiros - o termo eclético aqui sugere que estamos falando de governistas, oposicionistas e até astronauta - desembarcaram naquele país com o propósito de abrir um canal de negociação com o governo americano. Com todo o respeito que temos ao Senado Federal, em princípio, sugere-se algo sem pé nem cabeça, a começar pela composição do grupo, embora estejamos aqui tratando do interesse do comércio brasileiro e não de identificação ideológica. Nas tentativas vãs de conversas com aquele país, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, tem enfatizado que tentou conduzir as negociações sem essas clivagens ideológicas, embora se diga nos bastidores que esta mágoa de Trump tem a ver com as últimas eleições americanas, quando Lula apoiou a candidata democrata. 

Esses senadores, porém, não devem apresentar uma "diretriz" do Governo brasileiro, o que, de imediato, perde em importância. Os prazos estão se exaurindo. Howard Lutnick, Secretário de Comércio dos Estados Unidos,  declarou que não há solução sobre o impasse e, a partir de primeiro de agosto, passa a valer o que foi determinado pelo presidente Donald Trump. Mais adiante, o próprio Donald Trump, que raramente pronunciou-se sobre o assunto durante a crise, teria afirmado que o governo brasileiro não havia apresentado propostas concretas, dignas da abertura de um diálogo. É preciso especular sobre o que ele entende por propostas concretas e, mais ainda, que através do vice-presidente, Geraldo Alckmin, este diálogo foi tentado. 

Algo sugere que o presidente Donald Trump deseja, na realidade, punir o Brasil. Fechou acordo com a China, o Japão, a União Européia e deixou o Brasil de lado. É preciso, diante do exposto, tomar os devidos cuidados com as narrativas que estão sendo construídas em torno deste assunto. Fala-se que Lula estaria utilizando-se da retórica eleitoreira, quando, na realidade, estamos tratando de uma crise econômica que pode acarretar prejuízos gigantescos ao país. Na realidade, é Donald Trump quem está impondo sanções econômicas para barganhar tomadas de decisões políticas, como é o caso do enrosco que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. Política é realmente como as nuvens, como diria aquela raposa mineira. Se, num primeiro momento, Lula pode até ter sido beneficiado com a retórica da soberania nacional, imaginem os senhores o que poderá ocorrer quando o nosso presidente for responsabilizado pelo desastre que se avizinha.  

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