É preciso fazer justiça ao vice-presidente Geraldo Alckmin. No bojo da crise que se instaurou, em razão das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos de exportação brasileiros, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, tem tentado ser um interlocutor confiável nas negociações para se chegar a bom termo em torno deste assunto. Segundo o próprio presidente Lula, que já o trata como o conversador da República, não se pode deixar de reconhecer o esforço do vice-presidente no sentido de se chegar a uma saída para o impasse. Na condição de vice-presidente e na condição de Ministro da Indústria e Comércio ele cumpriu bem o seu papel. A Casa Branca, no entanto, ignorou solenemente as suas tentativas de diálogo.
Hoje, dia 26, matéria do jornal Folha de São Paulo observa que a Casa Branca considera que o Governo Lula não apresentou medidas concretas para uma equação do problema. Os acenos do Governo Brasileiro, portanto, foram insuficientes para construir algum consenso em torno do assunto. Uma grande interrogação precisa ser respondida: o que, afinal, o Governo dos Estados Unidos deseja do Governo Brasileiro? Esta é a grande questão. O que eles desejam nós não podemos dá. O que se sugere, se considerarmos o raciocínio de integrantes da família Bolsonaro, o que estaria em jogo seria uma anistia ao ex-presidente e sua credencial para disputar o próximo pleito presidencial.
Lula até sugeriu que o presidente Donald Trump pode não está bem-informado sobre o que se passa no Brasil. O pior é que ele está. Quando uma crise parecida surgiu em relação ao México, a presidente Cláudia Sheinbaum, tomou medidas imediatas de enviar milhares de militares para a fronteira daquele país, no sentido de minimizar os problemas relativos à migração ilegal e o tráfico de drogas. O presidente Donald Trump aquiesceu e retomou as negociações. Ou seja, tem ser o que eles querem. Sabe-se nos bastidores desta crise que emissários americanos teriam se referido às reservas de minerais preciosos do país, assim como sobre acenos às empresas brasileiras para se instalarem naquele país, sob condições irrecusáveis.

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