O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decide validar o decreto do Executivo que havia sido rejeitado pelo Congresso. Atendendo ao pleito do próprio Executivo e do PSOL, o ministro avaliou a questão e sugeriu uma mesa de negociação entre as partes, de onde não se produziu um consenso mínimo sobre a questão. Agora vem a decisão da Suprema Corte sobre o assunto, que deve suscitar enormes polêmicas, sobretudo junto ao Poder Legislativo. Salvo melhor juízo, o decreto havia sido suspenso até a decisão recente. O Executivo não se deu por vencido nesta questão, algo que foi bastante festejado pela Oposição. Abriu uma frente de luta jurídica, política e junto à opinião pública, numa narrativa do nós contra eles, dos pobres contra os ricos.
A estratégia tem dado certo, se julgarmos o esboço da recuperação dos índices de popularidade do Governo Lula 3 constatado pelas últimas pesquisas divulgadas, onde, finalmente, sugere-se que o petista esteja estancando a sangria. Agora, do ponto de vista estritamente da gestão, o Governo abre uma perspectiva de arrecadação de mais impostos, embora mantenha a sanha da gastança, de olho nas eleições vindouras. O controle dos gastos públicos e a estabilidade econômica, mantendo o dragão da inflação longe das gôndolas dos supermercados esbarra num núcleo da gestão que considera que essas premissas impediriam a possibilidade de uma reeleição de Lula ou de uma vitória governistas nas próximas eleições.
A despeito da tempestade, o Governo Lula 3 surfa em ondas favoráveis neste momento. Muito em razão de medidas atabalhoadas ou erros de avaliação dos adversários, a exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tenta se reposicionar diante dos fatos. A essa altura do campeonato político eles já deveriam saber que o presidente norte-americano, Donald Trump, é um ator político imprevisível.

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