Antes mesmo que ele fosse contemplado com o prêmio Nobel de Economia, já acompanhávamos o trabalho do economista americano Paul Krugman, discutindo algumas de suas teses em sala de aula. Sabíamos que era apenas uma questão de tempo para que o seu trabalho fosse reconhecido ou legitimado, como preferia o sociólogo francês, Pierre Bourdieu. Não se fala noutro assunto, desde que o presidente Donald Trump resolveu comunicar ao Governo Brasileiro que estava estipulando uma tarifa de 50% para os produtos de importação brasileiros. O Jornal do Commércio de hoje, 11, traz uma importante matéria, ouvindo produtores nordestinos, que calculam que isso representaria um prejuízo de 16 bilhões mensais para os nossos produtos de exportação.
O mesmo jornal traz uma série de pronunciamentos de homens públicos, políticos, economistas, empresários, todos enfatizando a sandice de uma medida como esta. Uma loucura que nem vale a pena comentar. O Governo Lula3, juntamente com o Judiciário, ajustam a resposta ao Governo Norte Americano em relação ao assunto. Comenta-se que o Governo brasileiro poderia recorrer à Organização Mundial do Comércio, mas sabe-se, de antemão, como encontram-se fragilizados os mecanismos de arbitragem desses organismos internacionais nesses tempos bicudos que o planeta enfrenta. Este ajuste de resposta faz sentido na medida em que os assédios começaram pelo Judiciário, com a adoção de medidas contra membros de nossa Suprema Corte.
Há algumas brigas paroquiais entre membros do Executivo e governadores de oposição que resolveram encontrar algum expediente de defesa dessa proposta estapafúrdia e indecente, quando não defendendo os índices estipulados pelo governo americano, responsabilizando atitudes tomadas por Lula pelo ocorrido. É mais ou menos como se eles afirmassem: Quem mandou não ser bonzinho ou contrariar o governo americano? Agora arque com as consequências, como se isso não afetasse a todos os brasileiros. O economista pernambucano Sérgio Buarque, afirma que isso não se sustenta - também consideramos que não - e o Paul Krugman, matou a charada: trata de uma chantagem tarifária com o propósito de defender ditadores pelo mundo afora. Há que se acrescentar por aqui que, mesmo do ponto de vista das chantagens políticas, tais expedientes não deram certo. Aqui, na realidade, tem favorecido o apoio da população ao presidente Lula e tirado Sidônio Palmeira da enrascada de encontrar um mote que vingasse pelas redes sociais. Este pegou!
eu li até o final
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