| Crédito da Foto: Jornal O Poder. |
Ontem comentávamos por aqui como andam as articulações em torno da disputa pelo Palácio Redenção, na Paraíba, em 2026. Um quadro de muitas indefinições. Aqui em Pernambuco, embora já definidos os principais concorrentes ao Palácio do Campo das Princesas, o ajuste interno das alianças dessas duas chapas - uma encabeçada pela atual governadora Raquel Lyra(PSD-PE) e a outra possivelmente pelo prefeito João Campos(PSB-PE) - ainda apresenta grandes dificuldades de acomodação. A consolidação da aliança entre João e Lula não significa dizer, necessariamente, que o presidente deixe de ter dois palanques no estado, principalmente em razão do trânsito político da governadora com o Palácio do Planalto.
Curioso que o prefeito João Campos, oficialmente, tinha em sua agenda com o presidente Lula a discussão sobre os problemas das agrovilas de Petrolândia, no Sertão pernambucano, que apresenta graves problemas de abastecimento de d'água e infraestrutura de escoamento da produção local, em razão das precárias condições das estradas. Isso nos fez recordar de uma experiência vivida por este editor, na cidade de Alcântara, no Maranhão, onde foram construídas essas agrovilas para abrigar os quilombolas afastados de suas terras negras para abrigar a construção da Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara. Os quilombolas locais passaram a só recolher os cocos de babaçu em horários determinados, somente depois da autorização dos militares. Outro problema se dava em relação ao pescado, que, recolhido muito distante dos locais de armazenamento, sem as condições adequadas, já chegavam às agrovilas prestes a estragarem. No romance Nas Marés de Malunguinho, embora o enredo se passe em Pernambuco, relatamos como foi essa nossa experiência com os quilombolas daquela ilha maranhense.

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