Nem nos momentos de estabilidade institucional os governantes resolveram proceder mudanças no sistema de aposentadoria dos militares. Sempre que o assunto foi discutido, nas reformas da previdência, os militares sempre ficaram de fora. Neste momento de instabilidade institucional, o Governo Lula3 tomou a inciativa de enfrentar a questão, mesmo sabendo que as medidas tomadas não seriam bem-vindas pela caserna. No dia de ontem, o presidente Lula se reuniu com os comandantes das três forças e o ministro da defesa, José Múcio Monteiro, onde o assunto foi discutido.
Grosso modo, o que se sabe é que se trata de um sistema de aposentadoria que gera um déficit gigantesco e, num momento como este, convém estancar a sangria. Os militares alegam que as aposentadorias deles seguem uma dinâmica bastante distinta da aposentadoria dos servidores civis, por razões específicas, que não podem ser lidas como privilégios, como sugere uma nota da Marinha, tratando deste assunto. esta é uma daquelas discussões onde não se chegará à construção de algum consenso.
Beneficiados durante um governo anterior que empreendeu todos os esforços - sugere-se que com objetivos escusos - pela militarização da máquina pública, os militares, de algum modo, precisarão entender que o momento é outro, o país atravessa uma crise econômica preocupante, onde todos precisarão passar por algum sacrifício para superá-la. Um dos maiores problemas apresentados diz respeito à idade de aposentadoria - 55 anos - estipulada em razão das especificidades da tropa.
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