Pedro Eugênio deverá entregar, em mãos, a Eduardo Campos a carta onde está explicitada a decisão do PT em sair do Governo do PSB. Todos os cargos deverão ser entregues, embora ninguém saiba ao certo quantos são esses cargos. Quando a Executiva Nacional recomendou a entrega dos cargos, comentamos aqui no blog que essa decisão implicaria em mais perdas para a legenda. Agora fomos informados que Oscar Barreto, dirigente municipal da legenda e integrante do Governo Eduardo Campos, poderá continuar onde está, se assim o desejar. Oscar, durante o tissunami que atingiu a legenda um pouco antes das eleição de Geraldo Júlio, perfilou-se ao lado do ex-prefeito João da Costa, cujo grupo ficou muito ligado a Eduardo Campos. Ontem a Deputada Tereza Leitão comentou que o partido acabou, ao se referir ao fato de que a decisão de entregar os cargos não teria passado pelos trâmites orgânicos da legenda, marcado por calorosos debates. Os cargos, como ela fez referência, tratava-se de bodes que cheiravam mal na sala, mas a decisão deveria passar por uma discussão interna. Contrariando sua trajetória histórica, o partido estava renunciando ao debate. Essa história de que o PT morreu, realmente, está dando um bom mote. Para alguns analistas, ele, que já vinha fragilizado, enterrou-se nas águas profundas do Pré-sal. Mas isso já é uma outra discussão. Poderíamos passar um bom momento aqui apenas enumerando os vários equívocos cometidos pelo partido no Estado. Uma outra questão posta pela Deputada Tereza Leitão diz respeito ao pós-entrega dos cargos. O que faremos, afinal? Nada disso teria ficado definido. Ontem comentamos que o partido estava nu. Uma nau sem rumo. Eduardodependente, mas contingenciado a provocar uma ruptura necessária em razão do projeto de reeleição de Dilma Rousseff. O que fazer? Possui quadros em condições de topar uma majoritária? Apoiaria a candidatura do senador Armando Monteiro? Por um fim, uma questão crucial: marcharia unido em torno de algum projeto?
Nota do Editor: A foto acima, bastante emblemática, é do diretório do PT em Paulista, onde o Partido decidiu que não participaria do Governo Municipal, do PSB, apesar de alguns membros ingressarem no Governo, mesmo contrariando a decisão da legenda.
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