Tijolaço do Jolugue: A violência no Maranhão está fora de controle
Ontem, depois de furar o bloqueio imposto pela mídia local e pela
blogsfera ligada ao clã dos Sarney, recebi a informação de que a
violência no Estado do Maranhão já atingiu índices que poderiam
justificar uma intervenção federal. O Maranhão tornou-se um Estado de
porteira fechada, uma capitania sob o rígido controle da aligarquia
Sarney. A irresponsabilidade dos blogs ligados aos Sarney chega o nível
de apontar os únicos opositores ao clã como os responsáveis pela
violência naquele Estado. Culpar o presidente da Embratur, Flávio
Dino(PCdoB) pelo descalabro da segurança pública no Estado? O que é que o
Flávio tem haver com isso? Flávio nunca foi governador, sequer
Secretário de Segurança Pública, hoje ocupada por alguém que, até
recentemente, fazia a segurança do clã Sarney. São remotas as
possibilidades de intervenção federal, dadas as ligações dos Sarney com o
Governo Dilma Rousseff. As maiorias dos crimes são de execução, um
componente a mais a ser considerado quando se avalia os índices de
violência. Ocorrem em todo o Estado, em plena luz do dia. O Maranhão,
uma espécie de feudo dos Sarney, é um dos Estados mais pobres do país,
com gravíssimos problemas fundiários, inclusive envolvendo grupos
étnicos como indígenas e quilombolas. A dinastia Sarney é uma das mais
antigas do país. Está no poder a pelo menos uns 50 anos, com forte
influência na mídia e em todas as instâncias de poder desse nosso
arremedo de República. Pelo menos intencionalmente, quando Marina
aconselha a Eduardo romper com essas oligarquias, ela está coberta de
razão, embora a gente saiba que não se trata de algo simples. Justiça
seja feita, pelo menos naquele Estado, Eduardo Campos vem conversando
com os opositores do clã. Nas últimas eleições o PT captulou-se aos
Sarney, exigindo o apoio do partido à candidatura de Roseana,
abandonando Flávio Dino (PCdoB) ao relento. Isso teve enorme repercussão
à época, provocando uma greve de fome, no Congresso Nacional, de
proeminentes petistas como Manuel da Conceição, então candidato do
partido ao Governo do Estado de Pernambuco nas eleições de 1982. Sumido
da cena política pernambucana, logo se soube que o líder camponês estava
em terras maranhenses conspirando para derrubar o sistema. Brincadeiras
à parte, seus pronunciamentos foram emblemáticos para diagnosticar os
rumos que agremiação havia tomado desde o seu nascimento. O PT havia
deixado de apoiar comunistas e componeses para apoiar latifundiárias
oligarcas. Uma contradição, mesmo sabendo que esses comunistas, hoje, já
não são mais de nada, perfeitamente "enquadrados" no jogo da democracia
burguesa.
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