sábado, 12 de outubro de 2013
Tijolaço do Jolugue: Governo do Estado diminui o número de DAS. A res publica agradece.
Ontem o Governo Eduardo Campos anunciou o corte de 969 cargos comissionados da máquina pública estadual. Segundo informações, essas pessoas não seriam demitidas, mas teriam seus cargos transformados em funções gratificadas, o que representaria uma economia bastante razoável para os cofres públicos. Ao longo dos Governos Eduardo Campos, ocorreu um aumento expressivo desses cargos, que atendem às conveniências de natureza política. Muitas matérias já foram publicadas sobre o assunto. Pessoalmente, escrevi alguns artigos sobre o tema. Até então o Estado possuía 3.536 DAS, número que diminui para 2.567 DAS. Trata-se de mais um expediente danoso aos interesses republicanos. Ingresso no Serviço Público deveria ser facultado apenas através do Concurso Público, salvo algumas poucas exceções, como ocorre em países como França e Inglaterra. Sempre colocava a França como um bom exemplo a ser seguido - e, de fato é - mas a Inglaterra, proporcionalmente, é o país mais "enxuto" nesse aspecto. O problema ocorre nos três níveis, o Municipal, o Estadual e o Federal. A Prefeitura do Recife, por exemplo, possui um número absurdo de DAS. No Governo Federal são aproximadamente 23 mil cargos de DAS. Apenas nessa gestão mais recente, os municípios brasileiros "incharam' a máquina com mais 60 mil cargos de confiança. Esse número expressivo de DAS no Estado é algo que não coaduna com discurso meritocrático do governador Eduardo Campos. Pior do que isso somente a resposta produzida pelo seu Secretário de Administração a uma repórter do JC, informando que foram utilizados critérios técnicos para o preenchimento desses cargos. Eu, por exemplo, conhece algumas pessoas competentes em diversas áreas e gostaria muito de saber como indicá-las para assumirem alguma função no Estado. Se alguém souber a resposta, estamos aqui.
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