Outro dia alguém comentou que Marina Silva faz
muitas referências ao psicanalista francês, Jacques Lacan. Nunca soube
se ela já passou por alguma sessão de psicálise ou coisa do gênero, mas,
a julgar, pelas suas últimas
declarações durante o programa do Jô Soares, ontem à noite, talvez ela
esteja precisando urgentemente conversar com algum seguidor do francês.
Para todos os efeitos, salvo juízo em contrário, a aliança da Rede com o
PSB de Eduardo Campos é algo que já foi sacramentado. Primeiro ela
informa as razões pelas quais aproximou-se do PSB do pernambucano,
citando, inclusive, a longa história do partido, a referência do ex-governador Miguel Arraes, entre outras.Logo em seguida, para
nossa surpresa, assegura que a aliança é algo que ainda está em
processo de construção, dentro de bases programáticos e nunca
pragmáticas. Em alguns momentos Marina passa a ideia da possibilidade dessas negociações não necessariamente prosperarem.Todo mundo está cansado de saber que, se expremer o suco da
laranja, sobrará muito pouco de convergência entre ambos sobre o
assunto meio-ambiente ou, muito menos que a aliança foi construída a partir de similaridades entre ambos. Não preciso nem entrar nos detalhes. Marina e
Eduardo já foram sabatinados pelo capital e seus mais ilustres atores no
meio político aproximaram-se de ambos. Marina informar que essa guinada
à direita de Eduardo Campos pode ser revista em função de sua
influência sobre o pernambucano é um pouquinho demais. O problema de
Ronaldo Caiado, ao que se sabe, foi uma questão pontual. A
própria Marina tratou logo de afirmar que suas declarações sobre o
agronegócio foi um recado circunscrito às afirmações de Ronaldo Caiado,
não se estendendo à bancada ruralista.
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