Tenho uma admiração toda especial pela professora Tânia Bacelar. Costumo tratá-la como professora, que é o que ela é na realidade. Muito mais do que uma economista. Aliás, certa vez, provocada numa palestra sobre o assunto, ela lembrou que uma das melhores experiências de sua vida foram os anos em que esteve ministrando aulas na UFPE, convidada pelo saudoso professor Manuel Correia de Andrade. Suas palestras são verdadeiras aulas, muito bem-planejadas, com um didatismo incomum. Tânia sempre esteve ligada aos setores mais à esquerda do pensamento político. Mantinha uma ligação muita estreita com Celso Furtado, ex-Superintendente da SUDENE, com quem desenvolveu as melhores reflexões sobre políticas regionais, uma de suas especialidades. SUDENE, UFPE, FUNDAJ, eis o tripé de formação teórica e atuação profissional da professora. Quando, no Governo Lula, esteve em evidência a retomada das atividades da SUDENE, extinta no Governo de FHC, Tânia tornou-se o nome mais cotado para assumir o posto de superintendente do órgão. Ocorreram muitas chafurdações em torno do assunto e as coisas não aconteceram conforme a professora previa, o que a levou a afastar-se do projeto. Quando foi anunciado a lista de "todos os homens do governador Eduardo Campos", havia uma mulher no meio. Não posso negar que se trata de um excelente quadro, profunda conhecedora dos problemas da região Nordeste. O governador estaria preparando uma carta à nação brasileira. Vamos ver se aparece nela as digitais de Tânia.
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