Gilberto Freyre, o inesgotável.
Gilberto Freyre parece mesmo inesgotável. Todos os anos são defendidas dissertações de mestrado e teses de doutorado abordando algum aspecto de sua obra, além de dezenas de artigos científicos publicados aqui e no exterior. Na semana passado publicamos no blog uma série de historietas envolvendo o autor de Casa Grande & Senzala, aguçando a curiosidade de alguns leitores que nos solicitaram que continuássemos com essas, digamos assim, pérolas sobre o morador do solar de Apipucos. São temas polêmicos que costumam atingir susceptibilidades, criando polêmicas. Mesmo assim, prometo que no próximo ano, retomaremos essas pérolas, já dentro do contexto do "Aconteceu", uma sessão que contará episódios do folclore político brasileiro. Mas, não poderia deixar de fazer referência às duas séries de reportagens publicadas pelos jornais locais em comemoração aos 80 anos de Casa Grande & Senzala. O Diário de Pernambuco seguiu uma linha editorial mais conservadora, menos polêmica, evitando entrar no mérito das contradições das teses levantadas sobre o autor de Casa Grande & Senzala. Gilberto foi colaborador daquela matutino durante longas datas. Na minha adolescência, lia seus artigos, publicados sempre aos sábados, naquele jornal. O Jornal do Commércio, a exemplo de outros cadernos, seguiu uma linha editoral que procurou confrontar as teses de Casa Grande & Senzala com a realidade observada no nosso cotidiano, sobretudo no que concerne à prostituição infantil em nossa cidade, embora o drama seja mais social do que racial, a despeito dos pontos de convergência. Penso que, neste aspecto, o Jornal do Commércio foi mais feliz.
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