pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolaço do Jolugue: O que, afinal, é essa "Nova Política"?
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: O que, afinal, é essa "Nova Política"?

Tivemos o cuidado de ler com atenção as entrevistas concedidas aos jornais locais pelo prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e o governador do Estado, Eduardo Campos. São entrevistas que foram devidamente arquivadas para orientarem nossas avaliações dos governos municipal e estadual daqui para frente. Dois artigos foram publicados no blog de Jamildo, abordando alguns dessas entrevistas. Um escrito pelo cientista político Michel Zaidan e outro pela Procuradora Judicial do Município e articulista daquele blog, Noelia Brito. Em ambos, volta ao debate essa "Nova Política" à qual o governador se diz hoje partidário, traduzida como uma espécie de plataforma de suas aspirações presidenciais, sobretudo depois do momento em que vinculou-se a Marina Silva. Durante a entrevista, Eduardo Campos tergiversou bastante sobre o assunto, envolto numa peça ficcional onde não existem práticas concretas que possam dar suporte à teoria e, a rigor, desconhece-se a teoria. O que, afinal, é essa "Nova Política"? Em certa medida, o termo teria surgido a partir das reflexões do sociólogo espanhol, Manuel Castells, sobre a revolução promovidas pelas redes sociais no que concerne às mobilizações sociais e a falência do modelo de democracia representativa burguesa, corrompido por expedientes de tráfico de influência, representação de grupelhos de interesses corporativos e desvios de recursos públicos, subtraindo as demandas coletivas. Castells veio ao Brasil, realizou algumas conferências e o grupo que orbita em torno da acriana Marina Silva aproximou-se do teórico, elegendo-o como uma espécie de guru ou ideólogo. Marina é a contradição em pessoa. O modelo de desenvolvimento sustentável proposto pelo grupo passa por profundos questionamentos. Sustentabilidade mesmo só a financeira, uma vez que o grupo conta com participantes de peso dos banqueiros paulistas. A aliança com Eduardo Campos atendeu estritamente a interesses pragmáticos, nunca programáticos, seja lá o que isso signifique. O modelo de crescimento adotado no Estado relegou completamente as questões ambientais. Poderia citar alguns dados aqui, mas isso iria cansar o eleitor minimamente informado. Trata-se de um Governo motosserra. Penso, sem nenhum exagero, que os índices de desmatamento de mata atlântica no Estado hoje seriam superiores ao período mais nefasto do apogeu da economia da cana-de-açúcar. Quando ele entra no terreno político, aí, então, é que as coisas descampam de vez, com a sua afirmação de que irá realizar o "Novo" com o "Velho". Certamente ele entregará a missão de realizar as reformas fundiárias aos ruralistas liderados por Ronaldo Caiado.
 

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