Até bem pouco tempo, pouca coisa se sabia sobre o quadro caótico da segurança pública no Estado do Maranhão. Foi preciso que entidades como a OEA ( Organização dos Estados Americanos) se manifestasse a respeito, exigindo explicações do Governo daquele Estado, para que a grande imprensa saísse do seu estado de letargia e omissão e passasse a informar sobre o assunto. O quadro mais emblemático é o do complexo penitenciário de Pedrinhas, onde facções assumiram o controle da situação, estuprando familiares dos presidiários, extorquindo e assassinando inimigos e desafetos. Nem as autoridades constituídas do Estado teriam permissão para entrar em determinados pavilhões. Voltamos a um estado de absoluta selvageria no Maranhão. Não há como deixar de responsabilizar a dinastia que controla o Estado por quase cinco décadas pelos fatos recentes. Pela fala da governadora, que deseja construir 11 presídios em caráter emergencial, sem licitações, percebe-se a dimensão do problema, ou seja, providências já deveriam ter sido tomadas bem antes. Hoje ocorreram mais dois lances curiosos dessa refrega entre autoridades públicas e autoridades do crime organizado. Enquanto o chefe do clã que controla o Estado festejava o fato de a violência estar circunscrita aos presídios, os chefes do crime organizada ordenavam o estupro de mulheres nas ruas de São Luiz.
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