O município de Paulista, na região metropolitana norte do Recife, fechou algumas ruas para o lazer nesse último final de semana. A princípio, sobretudo se considerarmos as carências de equipamentos de lazer da cidade, uma medida salutar. O que preocupa são as razões apontadas pela Prefeitura para a adoção da medida, a partir de uma pesquisa realizada junto à população, onde a ausência desses equipamentos foram denunciados pelos munícipes. A constatação é óbvia. Paulista é carente de equipamentos de lazer. O mais preocupante é que não há, por parte do poder público municipal, o desenvolvimento de políticas públicas capazes de superar esse problema, daí essas soluções paliativas, esporádicas, sem consistência. Existem matas ainda preservadas que poderiam ser transformadas em parques ecológicos, terrenos abandonados no centro da cidade - que poderiam ser transformados em áreas de lazer ou equipamentos culturais. Nas proximidades de sua praça central há um clube e um terreno abandonado onde, no passado, funcionava a Companhia de Tecidos Paulista.Também nas proximidades, as ruínas do Jardim do Coronel, Um cinturão importante, que deveria ser pensado em conjunto, como um complexo de lazer e cultura para o município. O que nos parece que está sendo pensada é a construção de um shopping center, salvo algum engano. Um espigão de arquitetura moderna, que ficaria ao lado de chaminés preservadas, uma aberração, como, de certa maneira já ocorre no Recife, onde os casarões preservados são transformados em salões de festa e convivem com espigões de péssimo mau-gosto, desprovidos de cobertura vegetal. Apenas concreto. Pelo andar da carruagem política, imagino que Paulista não tenha um plano diretor neste sentido.
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