pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Contagem regressiva para as eleições presidenciais de outubro. Faltam 100 dias.
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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Editorial: Contagem regressiva para as eleições presidenciais de outubro. Faltam 100 dias.



Possivelmente, já tivemos eleições mais tranquilas no país,onde a aventualidade dos questionamentos sobre os seus resultados não estavam no horizonte. Essa é uma das características de um regime democrático consolidado, mas este, infelizmente, não é o nosso caso.  O candidato perdedor reconhecia a derrota, cumprimentava o adversário pela vitória e a vida seguia o seu rumo. Ainda ativo, ao perdedor competia fiscalizar o trabalho do vencedor, ponderando criticamente, mas tudo dentro das regras do jogo democrático e republicano. O bom da democracia é que o perdedor poderia, no próximo embate, trocar de lugar e, certamente, gostaria também de ser tratado de forma civilizada. 

De uns tempos para cá, esse cenário mudou completamente,o que inspira, necessariamente, os cuidados necessários para que os resultados do pleito sejam respeitados e acatados. Faltam apenas 100 dias para as próximas eleições e a tendência é que o clima de animosidade entre os principais competidores seja acirrado daqui para a frente, o que vai exigir muito trabalho da Justiça Eleitoral, principalmente no tocante ao respeito às regras estabelecidas para o pleito. 

As pesquisas de intenção de voto apontam para um cenário de relativa "estabilidade", mas essa tal "estabilidade" inquieta bastante um dos grupos de competidores, que deseja a vitória no pleito a qualquer custo,  e entendem que já seria o momento adequado para ter revertido este cenário. Medidas estão sendo pensadas, mas, daí a concluir que elas possam reverter essa tendência do eleitorado é uma outra questão. Um dos bons exemplos disso é a "percepção" dos eleitores sobre o Auxilio Brasil, que desafia os mais experientes pesquisadores. Aumentar o seu valor - sem entender o que se passa na cabeça dos beneficiários - talvez não resolva a equação. 

Outra preocupação é o apurado feeling político do Centrão, sempre preparado para lançar os botes salva-vidas no momento certo. Eles, de tão "competentes", nunca erram esse timming.  Eis aqui a principal característica deste grupo político, forjado no exercício do poder, sem qualquer outro encargo, muito menos o ideológico: Espaço na máquina e liberação de recursos conduzem suas decisões, constituindo-se num núcleo de poder "paralelo" com capacidade de emparedar qualquer governante de turno. Na prática, estamos diante de um semipresidencialismo.        

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