pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A culpa não é dos institutos de pesquisa
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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Editorial: A culpa não é dos institutos de pesquisa



Por dever de ofício, temos um grande respeito pelos institutos de pesquisa. Há, aqui e ali, alguns picaretas que surgem no mercado, principalmente nos momentos de eleições, mas esses são exceções. Na realidade, o Brasil possui grandes institutos de pesquisa sérios, idôneos, que se orientam pelos mais rígidos padrões científicos. São institutos consolidados, com vários anos de atuação no currículo. E, até para a nossa surpresa, os novos institutos que passaram atuar no mercado mais recentemente, estão se notabilizando pelos bons trabalhos de pesquisa realizados, a exemplo do Quaest/Genial, do Datapoder e Paraná Pesquisas. 

Aliás, a julgar por tais indicadores, o Brasil passou a ser um mercado bastante concorrido e, possivelmente, igualmente promissor. Até recentemente, surgiram algumas polêmicas em torno do assunto, depois que alguns resultados das pesquisas de intenção de voto, começaram a apresentar alguns resultados divergentes. Enquanto o Datafolha e o Quaest/Genial confirmam o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Paraná Pesquisas e o BTG  apresentam um equilíbrio de forças entre os concorrentes, sugerindo, inclusive um empate técnico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) e Jair Bolsonaro(PL). Evidente que essas duas últimas pesquisas, as realizadas pelos institutos Paraná Pesquisas e o GERP caíram como uma dádiva na sala de reunião dos assessores políticos do presidente da República. Para o senador Ciro Nogueira, Ministro-Chefe da Casa Civil e o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lyra, o presidente poderia começar a virar o jogo justamente agora, no mês de junho, como reflexo da recuperação da economia e de outras medidas adotadas, como a implantação do Auxílio Brasil. Recuperação da economia em termos, porque, como se sabe, o único indicador que apresenta alguma melhoria é a ampliação de empregos formais. 

No mais, a inflação ainda continua corroendo o salário dos brasileiros e brasileiras,através de aumentos sistemáticos de itens da cesta básica, como o feijão carioquinha, o óleo de soja, o tomate, entre outros. Como seguro morreu de velho, um regozijo com os números favoráveis e a prudência necessária em relação aos números que indicam o favoritismo do adversário. Assim, o Planalto elaborou um conjunto de medidas visando corrigir os rumos da economia, que é o Calcanhar de Aquiles de qualquer projeto de reeleição. Pensa-se em congelamento de preços, aumento dos valores do Auxílio Brasil, renúncia federal aos impostos dos combustíveis, entre outras medidas, constituindo-se num verdadeiro pacote de bondades, feitas de uma canetada só, embora não seja essa a recomendação do mestre florentino, Nicolau Maquiavel.Bondade se faz em doses homeopáticas, mas, em anos de eleição, tudo é valido.

Um fato desagradável é a decisão do Banco Pactual de tentar dissociar sua imagem dos resultados das pesquisas realizadas pelo Instituto IPESPE, por pressão dos correntistas bolsonaristas que ficaram insatisfeitos com os indicadores do Institutos. Isso é reflexo desse momento de radicalismo que estamos vivendo, onde os níveis de tolerância caíram drasticamente. Apesar de Lula aparecer bem no quesito "honestidade" naquela pesquisa, a associação do PT à corrupção continua alta e isso ainda pode trazer algumas dores de cabeça para o partido nas próximas eleições presidenciais. Simples assim. O antipetismo ainda está ativo.  

    

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