Nos últimos dias, além das verborragias descontroladas - aqui há até o emprego de uma tautologia, com o perdão dos nossos diletos leitores - um tema dominou a sucessão presidencial de 2022: a participação dos candidatos nos debates. Enquanto Jair Bolsonaro(PL) insinua a possibilidade de não participar dos debates do primeiro turno - sugerindo que as perguntas sejam previamente formuladas -, Lula se queixa da quantidade excessiva de debates, sugerindo, igualmente, que não pretende participar de todos eles.
Este editor não perde por nada esses debates, embora seja realmente difícil acompanhar a todos em tempo real. Por vezes, assisto alguns deles depois, através da plataforma do Youtube. Os debates, hoje, perderam muito em emoção, em virtude das regras adotadas nos seus formatos, impedindo aquele tête-a-tête de outrora entre os oponentes, dos grandes debates entre o impagável Jânio Quadros e o astuto Franco Montoro. Para o bem da democracia, a estratégia ideal seria que todos os candidatos participassem de todos os debates, mas nem sempre esses são os procedimentos recomendados pelos marqueteiros desses candidatos, sobretudo se tais candidaturas estão bem nos índices das pesquisads de intenção de voto.
Essas exposições públicas podem levá-los a cometerem erros que podem prejudicar suas campanhas, daí que se recomenda as precauções. E, por falar em performance nas pesquisas de intenção de voto, hoje, dia 03\06, saiu mais uma dessas pesquisas do IPESPE, onde os principais candidados permanecem dentro daquelas "expectativas" das séries históricas do Instituto e, por que não dizê-lo, consoante os demais institutos. Ou seja, resumindo, não traz grandes novidades. Lula abre 11 pontos de diferença em relação a Jair Bolsonaro. A "estabilidade" desses números estão preocupando o staff político de campanha do presidente Jair Bolsonaro.
Especula-se que haveria até uma estratégia definida para que a sua esposa, Michele Bolsonaro, tenha uma participação estratégica na campanha, ao lado do marido, acenando para o eleitorado feminino. Faz sentido. São as mulheres que deverão decidir essas eleições, principalmente porque são maioria entre os eleitores, segundo dados do TSE. Há uma briga renhida pela conquista do coração- e de preferência também dos votos - dessas mulheres entre os candidatos. O peso do voto desse contingente, avaliam os especialistas, seria mais significativo na definição das eleições do que o voto dos jovens ou dos evangélicos, por exemplo.
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