pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A mau uso do dinheiro do fundo partidário
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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Editorial: A mau uso do dinheiro do fundo partidário



O fundo partidário pode ter sido criado com a melhor das intenções, mas, o fato concreto, é que temos observado alguns equívocos em relação às suas reais finalidades ou propósitos. Até recentmente, os tucanos torraram milhões de reais para organizarem as prévias que iriam definir o nome do candidato do partido que concorreria às próximas eleições presidenciais. Numa batalha renhida com caciques da legenda - que preferiam o nome do governador gaúcho, Eduardo Leite - João Dória venceria aquelas prévias. Como se sabe, ganhou mas não levou, uma vez que a indiposição de setores do tucanato não o aceitaram de jeito nenhum. 

Aliás, os tucanos estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Não sabem o que querem. Mas, vamos deixar esse divã tucano para um outro editorial. Hoje, dia primeiro, eles conseguiram fechar um acordo com os emedebistas. Para apoiar o nome de Simone Tebet(MDB-MS), exigem a cabeça de chapa em três Estados da Federação, incluindo pernambuco. Aqui no Estado eles não teriam problemas. O MDB não tem postulantes.   

O fato concreto é que milhões do dinheiro público do fundo partidário foram disperdiçados sem cumprir a sua finalidade precípua. Teria sido uma prévia de "brincadeirinha", pois tucanos emplumados pretendiam puxar o tapete do João Dória durante a convenção do partido. Agora, é a vez do Presidente Nacional do União Brasil, Luciano Bivar, lançar sua candidatura à Presidência da República, que já vem sendo tratada pela imprensa como uma candidatura fake, dadas as suas reais condições na disputa. Lançada no dia de ontem 31\05, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, a despeito dos problemas técnicos, o evento consumiu milhões do fundo partidário. Aqui em Pernambuco, Luciano ostenta o índice acachapante de 0,3% das intenções de voto. 

Segundo a jornalista Dora Kramer, na Veja, tal candidatura não foi lançada sem algum objetivo, embora a cadeira do Palácio do Planalto seja uma mera miragem para o pretendente do União Brasil. Sem a menor chance, ela, por exemplo, não atrapalha as composições estaduais com outras candidaturas, a exemplo de Miguel Coelho(UB-PE), em Pernambuco e ACM Neto(UB-BA), na Bahia. Miguel ainda está indefinido quando ao apoio presidencial, mas ACM Neto surfa de acordo com a onda e a onda, na Bahia, segue os passos de Lula. Conforme ja discutimos por aqui, é curiosa essa composição do voto baiano. Uma outra motivação, ainda de acordo com a jornalista, seria ampliar a bancada de representantes na Câmara Federal, o que significa, em última análise, ampliar os repasses do fundo partidário. 

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