pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O Brasil que passa fome
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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Editorial: O Brasil que passa fome



Há alguns anos atrás, durante os Governos da Coalizão Petista, políticas públicas efetivas e regulares conseguiram diminuir sensivelmente a pobreza e a extrema pobreza no país. O combate às desigualdades sociais e econômicas é um fator importante, inclusive, para que a população continue apostando no regime democrático. Estamos tratando aqui, obviamente, da chamada democracia substantiva ou econômica que, se não entrar na agenda das políticas públicas, pode ser capaz de solapar os alicerces da democracia política. O cientista político polonês, Adam Przeworski tem um estudo que aponta que a renda per capita da população é um dado crucial para assegurar a estabilidade de um regime democrático.  

Os avanços foram significativos. Estima-se que 33 milhões de brasileiros tenham deixado a condição de extrema pobreza no período. Ao longo dos anos seguintes, infelizmente, tivemos a volta do efeito bumerangue, ou seja, um contingente expressivo de brasileiros e brasileiras voltaram à condição de extrema pobreza. A pandemia da Covid-19, naturalmente, contribuiu para o agravamento do problema, mas foi a ausência de políticas públicas de enfrentamento dessa questão o fator determinante. O retrato do Brasil que passa fome é um quadro nebuloso, pintado com as cores do racismo estrutural e das desigualdades regionais de nossa sociedade, o que nos remete à compreensão de que estamos diante de um projeto, fruto da constituição de uma elite torpe, insensível e inconsequente.  

De acordo com o levantamento do IMDS- Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social, 47,3 milhões de brasileiros estão na pobreza, um percentual que cresceu 22,3% nos últimos dez anos. 11 milhões de brasileiros caíram na pobreza em 2021. 6,3 milhões caíram para a extrema pobreza no mesmo ano. Deste percentual, 73% são negros e a metade dos pobres e miseráveis estão concentrados na região Nordeste agravando, como afirmamos antes, o problema histórico das desigualdades regionais no país. 

Em ralação à população negra, principalmente entre os jovens, os Governos da Coalizão Petista conseguiram a proesa de modificar o único indicador social relativo à raça nos últimos 500 anos, quando, através do programa de cotas, permitiu que eles tivessem acesso ao ensino superior. Uma verdadeira revolução no que concerne às oportunidades educacionais.     

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