pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A difícil missão de Lula na Bahia
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sábado, 18 de junho de 2022

Editorial: A difícil missão de Lula na Bahia



Como se sabe, Lula enfrenta algumas dificuldades com os palanques regionais. A Bahia é um desses Estados, onde o petista tem uma missão hercúlea, ou seja, transformar o candidato do partido em um candidato competitivo no pleito de outubro. Por enquanto, sua situação é extremamente desfavorável, embora Lula seja o queridinho dos bainos para voltar a ocupar a cadeira do Palácio do Planalto. Conforme já discutimos em outras ocasiões, ali ocorre um fenômeno curioso: Os baianos pretendem devolver o poder ao carlismo - agora representado pelo neto de Antonio Carlos Magalhães, ACM Neto, ex-prefeito de Salvador - e votar em Lula para a Presidência da República. 

Mudar este cenário não será uma tarefa das mais simples, sobretudo porque, matreiramente, ACM Neto(UB-BA) não se compromete com ninguém, deixando o eleitorado do Estado bastante à vontade para fazer suas opções políticas, desde que uma seja a dele. Os petistas vão tentar jogá-lo no colo de Jair Bolsonaro(PL), mas trata-se de uma manobra de resultados duvidosos, uma vez que a raposa é muito esperta. Num passado recente, já chegou a se indispor com correligionários que aceitaram ocupar cargo no Governo do Presidente Jair Bolsonaro. 

Outra alternativa seria angariar os dividendos políticos do prestígio do ex-governador Jaques Wagner(PT-BA), que hoje ocupa um lugar de destaque no staff de campanha de Lula. Este é o arsenal político que a legenda possui para tentar reverter uma situação de desgaste natural, depois de ocupar o Palácio de Ondina por 16 anos consecutivos. Lula deve visitar o Estado no próximo dia 02 de julho, uma data bastante festejado pelos baianos, tida como a verdadeira data de Independência do Brasil, pois foi nesta data que os baianos expulsaram os portugueses do país. 

O candidato do PT é o ex-secretário de Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues(PT-BA), um ator político que não ostenta um grande carisma, mas tem ao seu lado, como candidato ao Senado Federal, o Otto Alencar(PSD-BA), que se notabilizou nacionalmente depois de suas performances durante a CPI da Covid-19. Por enquanto, a desvantagem entre Jerônimo e ACM Neto é enorme. Enquanto Jerônimo não atinge os dois dígitos, o neto de ACM ultrapassa os 60% das intenções de voto. O PT já reverteu situações desfavoráveis em eleições anteriores, mas, neste momento, parece haver uma tendência natural dos baianos em devolverem o Palácio de Ondina aos herdeiros do carlismo. 

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