Se diz que Marília é uma mulher de briga, daí a tratarmos metaforicamente aqui como uma "cangaceira", muito em razão desse seu perfil de "não abrir parada", em seus projetos políticos, se indispondo, até mesmo, com alguns membros do seu núcleo familiar. A outra referência é à sua passagem pela terra do temido cangaceiro Virgulino Ferreira Lampião, onde, curiosamente, ela não foi para a guerra, mas para selar a paz entre grupos políticos desafetos, mas que apoiam seu projeto de candidatura ao Governo do Estado.
Como disse, foi um encontro marcado por uma série de "simbolismos", a começar pelo título inusitado "Arraiá do Sebá", numa alusão ao organizador, o Deputado Federal Sebastião Oliveira, do Avante, que deixa as hostes da Frente Popular para integrar-se à sua campanha na condição de vice na chapa. Curiosamente tanto na terra de Lampião, Serra Talhada, como em Sagueiro, cidade próxima, as forças do campo progressista alcançaram relativa capilaridade política ao longo do anos. O avô de Marília, Dr. Miguel Arraes, tinha aliados políticos fidedignos na região.
Em Serra, o PT possui uma forte liderança no Sertão do Pajeú, o ex-prefeito Luciano Duque, arquiinimigo do grupo político liderado por Sebastião Oliveira. A questão que se colocava é como esses grupos políticos poderiam marchar juntos no projeto de Marília Arraes(SD-PE). Pois se deu o entendimento. Marília conseguiu a proesa de selar a paz entre os dois grupos políticos adversários. As retaliações do Palácio do Campos das Princesas vieram de imediato, com o afastamento de todos os nomes indicados por Sebastião Oliveira no Governo do Estado.
Embora tenha sido notada a ausência do seu grupo de prefeitos no evento - quem sabe para evitar retaliações políticas - sabe-se que ele controla uma penca deles, hoje algo em torno de 17. Assim, como uma candidata de perfil metropolitano, Marília Arraes amplia sua capilaridade em regiões importantes e estratégicas para a definião do pleito, como o Sertão. Um outro nome que quase esteve no palanque de Marília foi o do também Deputado Eduardo da Fonte, do Progressistas, que teria recuado após tratativas com o Palácio do Campo das Princesas.
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