Reconheço que não falo da senadora Simone Tebet (MDB-MS)com aquela isenção que se espera de um cientista político. A questão é que a senadora possui o perfil que se espera de um gestor público e bem que poderia ser testada na condução do Executivo do país, hoje tão carente de nomes adequados para o exercício do cargo. Trata-se de uma identificação com o seu perfil republicano, probo, democrático, dotado de espírito público. A senadora Simone Tebet, como observou o ex-senador Pedro Simon, recentemente em entrevista, vem de uma excelente linhagem política. Simone é filha do ex-senador Ramez Tebet.
No conjunto dos atores políticos que disputam as eleições presidenciais de 2022, o nome dela se sobressai como um dos melhores perfis. Nossa expectativa é a de que, em algum momento, o eleitorado reconheça suas qualidades e aptidões para a disputa. Por enquanto, a julgar pelo andar da carruagem das pesquisas de intenção de voto, ela continua uma ilustre desconhecida do eleitorado brasileiro, apesar de sua brilhante atuação no Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19.
Simone Tebet, a rigor, poderia estar entrando muito tarde nesta disputa presidencial. Sua missão de tornar-se conhecida do eleitorado brasileiro é hercúlea, quiçá até impossivel até as eleições de outubro. De uma certa forma isso explica a sua alta taxa de "rejeição", conforme observa a pesquisa realizada pelo Instituto Poderdata, divulgada recentemente, onde ela crava de 62% neste quesito, superando todos os demais concorrentes ao cargo. Acima, inclusive, do ex-governador João Dória, que foi desistido da disputa sob o argumento das altas taxas de rejeição junto ao eleitorado.
Diante desse quadro, suas intenções de voto também não são alvsissareiras, como se poderia prever: apenas 2% do eleitorado manifesta a intenção em votar na candidata. A crônica política está expondo esses indicadores para se contrapor aos argumentos elencados pelos tucanos para rifarem o nome do ex-governador João Dória da disputa presidencial, mesmo depois de ele ter vencido as disputas internas na legenda tucanas, quando da realização das prévias da agremiação.
Segundo os morubixabas emedebistas, seu maior desafio é conquistar o eleitorado. Mostrar que tem viabilidade eleitoral o quanto antes, habilitando-se para quebrar a hegemonia hoje representada pela polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. As disputas internas da coligação atrasaram o seu start e isso pode ter tido um papel decisivo para a sua candidatura.
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