pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Em mais uma pesquisa, Marília Arraes consolida sua liderança na corrida pelo Campo das Princesas.
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sexta-feira, 17 de junho de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Em mais uma pesquisa, Marília Arraes consolida sua liderança na corrida pelo Campo das Princesas.



O Instituto Opinião, de Campina Grande, divulgou, através do Blog do Magno Martins, mais uma pesquisa de intenção de voto sobre as eleições de 2022 no Estado. Os números convergem com os primeiros levantamentos realizados pelo Instituto - com ligeiras variações, mas ainda assim dentro da margem de erro - assim como com os números apresentados por outros órgãos de pesquisa, ou seja, a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, lidera com folga a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. O candidato governista, Danilo Cabral(PSB-PE), apesar dos esforços dos últimos dias, não consegue decolar, mantendo-se entre 5% e 8% das intenções de voto, o que o coloca na rabeira da disputa. 

O PSB cometeu uma sucessão de erros durante o governo e na escolha do candidato, o que sugere que estaria pagando o preço pelos equívocos cometidos. O jornalista Magno Martins observou que uma possível mudança do nome do candidato teria sido cogitada, mas as opções que se apresentam ou se tornaram inviáveis, como o do Secretário da Casa Civil, José Neves - que não desencompatibilizou-se do cargo em tempo hábil - ou de difícil viabilidade, como o nome do também Deputado Federal Tadeu Alencar(PSB-PE), por suas relações familiares com os Campos. 

Assim, o PSB encontra-se diante de um difícil dilema, na expectativa de que a participação de Lula na campanha possa reverter essa situação francamente desfavorável nas pesquisas, o que se constitui numa aposta de resultados duvidosos, pois o próprio Lula parece manter uma postura de quem deseja observar a água do mar bater nas pedras para decifrar o que indica a formação das espumas. A rigor, na medida do possível, o candidato Danilo Cabral já vem trabalhando no sentido de associar sua imagem a do ex-presidente Lula, sem grandes resultados no que concerne à transferência de voto.  

Embora as pesquisas apontem, conforme afirmamos no início, para uma certa "estabilidade" nos números, os demais candidatos estão cumprindo o dever de casa, percorrendo o Estado com suas propostas de governo, ouvindo a sociedade civil e propondo soluções para os gargalos que o Estado ostenta, como os altos níveis de empobrecimento de sua população urbana, altas taxas de desemprego, violência urbana, pouco atrativo em termos de investimentos e, mais recentemente, a sua pouca infraestrutura para o enfrentamento de situações limites dos fenômenos climáticos, como esta última enchente, que deixou mais de uma centena de mortos e milhares de desabrigados. 

Raquel Lyra(PSDB-PE), a candidata do PSDB, acena com um programa para o enfrentar o problema da insegurança alimentar no Estado; Anderson Ferreira(PL-PE) defende ferozmente os investimentos do Governo Bolsonaro no Estado e na região, sempre acompanhado do seu candidato ao senado, Gilson Machado. Ambos realizam um verdadeiro périplo pelas microrregiões do Estado. O jovem ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(UB-PE), cumpre uma agenda de governança, apresentando um programa de governo enxuto,muito bem elaborado, consoante as principais necessidades do Estado. É o que a gente poderia descrever como um jovem gestor de visão ampla, estratégica, ancorado nos bons resultados alcançados por sua gestão na cidade de Petrolina, recohecida pela população do Sertão do São Francisco que credita a ele um amplo apoio, conforme atesta a pesquisa mencionada acima. Decola de lá com mais de 60% de apoio.  

Tornou-se desnecessário apresentar aqui as razões pelas quais a candidata Marília Arraes lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado até este momento. Por mais de um momento, já tratamos deste assunto e isto poderia cansar os leitores. Quem sabe pesquisas qualitativas poderima acrescentar algo novo a este debate, para muito além do seu recall, de sua inserção com setores orgânicos da sociedade dentro e fora do PT - há, inclusive, uma dissidência do partido que já se manifestou no sentido de apoiá-la - ; o DNA do Dr. Arraes junto ao eleitorado interiorano; a sua força na Região Metropolitana; a forma descortez com que ela foi tratada dentro do Partido dos Trabalhadores ao longo de suas pretenções políticas. Se algum leitor ou leitora levantar mais alguma hipótese, este editor gostaria de conhecê-la.     

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