Não faz muito tempo, ocorreu uma grande polêmica em torno de uma decisão do Ministério da Educação em não divulgar os dados levantados pelo SAEB em relação ao segundo ano do ensino fundamental, quando deve ocorrer a alfabetização dos educandos. A cobrança foi realizada pelo jornal O Estado de São Paulo, neste caso cumprindo um rigoroso papel de jornalismo autêntico, o que mereceu nossas felicitações por aqui. Mesmo que os números não fossem favoráveis, o MEC tinha a obrigação constitucional de divulgar esses números. Os servidores do INEP chamaram a atenção para esta questão legal e os números acabaram sendo divulgados. Não fomos bem neste quesito, conforme já se previa.
Neste caso em particular, não sabemos se podemos creditar esses percalços ainda ao período de pandemia que o país atravessou, mas uma pesquisa recente em relação à educação no estado de São Paulo mostram exatamente este reflexo. O estado continua patinando nos indicadores educacionais, amargando, segundo se presume, os danos produzidos pela pandemia da Covid-19, com resultados preocupantes obtidos em disciplinas como português e matemática entre os alunos do ensino fundamental e médio da educação básica. Há pouco ficamos sabendo que o Governo Tarcísio de Freitas continua com sua política de fomentar as escolas cívico-militares no estado.
A julgar pelo que ocorre em São Paulo, preocupa esses reflexos da pandemia sobre a educação depois de todo esse tempo, quando consideramos a situação do país como um todo. O contexto da educação básica no país nunca foi dos melhores, quadro agravado com a pandemia, indicando que será uma luta árdua a subida do poço. No que concerne à educação superior, há uma constante queixa dos reitores em relação ao repasse de verbas públicas para a manutenção dos seus serviços básicos, como ocorre aqui em Pernambuco.
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