pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Lupi precisa ser demitido. Lupi não pode ser demitido.
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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Editorial: Lupi precisa ser demitido. Lupi não pode ser demitido.



Ontem, 29, acompanhamos atentamente a fala do Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na Comissão de Previdência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados. Um depoimento longo, de mais de cinco horas, onde o titular da Pasta da Previdência Social manteve uma postura defensiva, alinhada a uma narrativa sabe-se hoje religiosamente recomendada pela SECOM, com o objetivo de eximir qualquer responsabilidade do Governo Lula 3 com os desmandos no órgão. Não se pode defender o indefensável, portanto admitimos aqui ter sido o melhor momento de sua exposição as suas recordações sobre a convivência com o grande brasileiro Leonel de Moura Brizola. Neste momento ele até se emocionou. 

No dia de hoje, 30,  a Folha de São Paulo traz um longo editorial pedindo a cabeça do ministro. No Planalto o entendimento é que mantê-lo no cargo será um grande problema, a começar pelos estragos que o episódio está produzindo sobre a imagem do presidente Lula, que se prepara para tentar a reeleição. Por outro lado, como demitir um ministro que comanda um partido, o PDT, com 17 deputados federais e 3 senadores? O partido ainda é do tipo cartorial, ou seja, todos obedecem ao comando do líder da agremiação. A rigor, já existem, ainda que não explicitamente, algumas ranhuras entre a legenda e o Planalto. Uma saída de Lupi e Lula perde esse apoio completamente, algo que já foi externado pelos parlamentares do partido.

Dilemas dessa natureza passaram a ser recorrentes no país. Juscelino Filho manteve-se no cargo até as últimas consequências, uma vez que o Planalto temia as retaliações do seu partido, o União Brasil, que acaba de fechar uma federação com o Progressistas, mantendo a maior bancada da Câmara dos Deputados. Sugere-se que os esforços hercúleos do Planalto foram em vão, uma vez que o partido, hoje federado, está cada vez mais próximo a constituir um nome de consenso para disputar a Presidência da República em 2026. Uma fala recente de Gilberto Kassab sugere que, à exceção do PL, a tendência hoje é de uma candidatura que conte com o apoio desta federação, do Republicanos e, naturalmente, do PSD. Os balões de ensaios esvaziariam se houver uma decisão de Tarcísio de Freitas em disputar o pleito.  

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