Há poucos dias um instituto de pesquisa trouxe uma notícia que, a depender dos arranjos políticos em curso, poderia deixar as lideranças socialistas em estado de graça. Na hipótese de uma candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas à Presidência da República em 2026, o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin(PSB-SP) é quem aparece hoje em melhores condições de ocupar sua cadeira no Palácio Bandeirantes. Como a candidatura de Tarcísio de Freitas hoje se apresenta com amplas possibilidades de consolidar-se, encampando o projeto de centro-direita - e até da extrema direita, mas eles abominam essa expressão - a possibilidade de os socialistas voltarem a sonhar com a hipótese de pilotarem a locomotiva do país não é nada desprezível.
É uma questão que deve ser analisada com a ponderação devida, pois soubemos que o próximo dirigente da legenda, o pernambucano João Campos, estaria em articulação no sentido de manter o nome de Geraldo Alckmin como vice na chapa de reeleição de Lula. O PT, por outro lado, enfrenta enorme dificuldades naquela praça e endossar o projeto Alckmin poderia ser uma alternativa para se contrapor a tais adversidades no maior colégio eleitoral do país, fundamentalmente importante para o projeto de reeleição de Lula. Mas, como diria o Rubem Braga, depois dos funerais do sumo pontífice e as novas políticas tarifárias do Trump a notícia política mais importante da semana vem dos pampas. Especula-se sobre a possibilidade de o governador gaúcho, Eduardo Leite, ingressar no PSB e não no PSD, conforme se supôs no início, habilitando-se novamente a uma candidatura presidencial.
Na realidade, haveria em curso uma grande articulação de centro-direita, encabeçada por Michel Temer e Gilberto Kassab, que congrega os principais governadores de oposição, com o eventual passe de Eduardo Leite, que poderia se filiar ao PSD, voltando a sonhar com uma candidatura ao Planalto. Fomos pegos de surpresa com este flerte socialista do governador gaúcho. O que é curioso nesse arranjo é que o enxadrista Gilberto Kassab, habilmente, movimenta outra peça no tabuleiro do xadrez político nacional, de olho em 2026, sabedor dos limites de ter apenas uma jogada em curso.
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