Um dos atores políticos mais preocupados com o clima de tensionamento da Frente Popular é o prefeito do Recife, João da Costa. É incrível como praticamente tudo que acontece na política pernambucana hoje conspira contra o prefeito. Até uma rusgazinha lá em Petrolina – que bem poderia ser resolvida no Bodódromo – acabou chegando à cozinha do Palácio Antonio Farias, com gosto não de bode, mas de emulsão scott sabor tradicional. João da Costa, que nunca teve o papel de conciliador e agregador, assume a liderança das alternativas diplomáticas para contornar a crise que se instalou entre os partidos da Frente Popular. Ele tem consciência de que se encontra numa condição perigosíssima de equilíbrio instável e aposta, a todo custo, no “entendimento” de alguns atores estratégicos – Humberto Costa e Eduardo Campos, por exemplo – no sentido de que eles possam avalizar o seu projeto de reeleição. Embora todas as tendências apontem para 2014 – conforme expusemos em artigo – a vereadora Marília Arraes – muito pouco preocupada com a diplomacia – voltou a insistir numa possível candidatura própria do PSB à Prefeitura do Recife em 2012. Recife tornou-se um “gargalo” para a administração de Eduardo Campos, que tem um governo muito bem avaliado pela população, projetando-se nacionalmente, mas um cartão de visitas muito mal cuidado. Como diria os peladeiros, das nossas infâncias de campos de várzeas, caso as coisas não se arranjem, o PSB tem no banco um reserva de luxo, tocador de obras, experimentado em diversas funções públicas. Algo tira o sono do matuto.E não para menos.
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