Eu faço parte daquele traço que acompanha a programação das TVs educativas. Sempre que setores da imprensa criticam o Estado por manter essa opção educativa para a população, o argumento se concentra na pouca audiência gerada pelas TVs estatais, no dizer deles, não passando de um traço. Não vou entrar no mérito dessa discussão no momento, mas quem acompanhou ontem, à noite, a TV Universitária, Canal 11, pode acompanhar uma brilhante entrevista com o professor Michel Zaidan Filho criticando a lógica acumulativa do capital no capitalismo moderno, que subverte todos os pressupostos de sustentabilidade, seja social, seja ambiental. Um outro problema abordado por Michel é a ausência de uma utopia coletiva, que integre as correntes de esquerda que lutam pela liberdade de expressão, reconhecimentos de direitos civis, gênero, diversidade, teto, terra, educação, preservação do meio-ambiente. Não há uma agenda comum entre eles. Ou seja, não há um unidade de ação nesses movimentos, fragilizando o alcance de seus idéias. Não faltam lideranças - segundo o histoirador, falta mesmo é uma proposta comum que os anime. Michel aproveitou a oportunidade para lembrar a semana de Ciência Política, que deverá ocorrer em novembro, na UFPE, e o lançamento de seu mais novo trabalho sobre comunistas e anarquistas - já abordado aqui no blog - na Bienal do Livro, que ocorrerá em Maceió.
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