Ontem, publicamos um artigo no http://blogdojolugue.blogspot.com sobre os desdobramentos da mudança de partido do deputado estadual Odacy Amorim. Filiado ao PSB de Petrolina, Odacy transferiu-se para o PT, criando um embaraço tremendo na composição política da Frente Popular naquela cidade do Sertão do São Francisco, com reflexos nas eleições do Recife, apesar de separada da capital por mais de 700 km. Mas, em política, a geografia que conta é a dos votos. Quem leu o artigo, certamente entendeu as razões do deputado Odacy em deixar a legenda socialista. Ocorre, entretanto, que nos arranjos políticos da Frente, a possibilidade de o PT lançar o nome de Oday como candidato a prefeito naquela cidade foi encarada como uma traição aos acordos celebrados na aliança, facultando ao PSB total liberdade para retaliações. Metropolitanizar FBC – gostei do termo de Raul Jungmann – independentemente se ele será ou não candidato a prefeito do Recife nas próximas eleições, é a materialização do “troco”, uma resposta conduntente do partido do governador Eduardo Campos ao Partido dos Trabalhadores. Se ele não for candidato nas eleições de 2012, fortalece seu nome para 2014 e a nossa tese, tantas vezes defendida, que apenas em circunstâncias políticas bastante especiais – acordos nacionais, por exemplo – permitiriam a Eduardo Campos abrir as portas do Palácio do Campos das Princesas para ao PT na condição de anfitriões. Ali, se depender de Eduardo Campos, eles só entram como convidados, para saborear uma pescada amarela, com arroz branco e suco de araçar silvestre. Um outro dado curioso é que essas movimentações aproximam o prazo de validade da Frente Popular.
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