pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O problema da Frente Popular não é de diálogo, mas de espaço. Embora o diálogo seja importante.
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terça-feira, 11 de outubro de 2011

O problema da Frente Popular não é de diálogo, mas de espaço. Embora o diálogo seja importante.


 
Políticos entocados em Palácios criam sérios problemas com as suas bases. Maquiavel já recomendava que, para saber o que a planície está pensando sobre o planalto, torna-se necessário um contato direto com as massas. Quase sempre não convém confiar em assessores de perfil bajulador que, no afã de agradar ao chefe, não raro, distorcem as informações para agradá-los.  A palavra diálogo tem sido uma das mais utilizadas nos últimos dias, pelos atores da Frente Popular, em razão do imbróglio formado pela disputa de espaço dos partidos da base de sustentação do Governo Eduardo Campos. Em certa medida, o senador Humberto Costa tem razão ao afirmar que faltou um pouco isso entre os partidos que compõem a aliança governista. A ausência desse diálogo criou situações adversas para os integrantes da Frente, respingando na troca de farpas, como as trocadas entre Adilson e Jorge Perez. Herdeiro político do Dr. Miguel Arraes, - que adorava um corpo-a-corpo com os eleitores, sobretudo nas feiras livres do interior - Eduardo Campos não cometeria o pecado de isolar-se no Palácio do Campo das Princesas, deixando de conversar com a base e com os partidos aliados, como, aliás, nunca deixou de fazê-lo, o que explica sua grande popularidade. Certamente, o que está em jogo neste incipiente processo de desintegração da Frente não é bem isso, meu caro senador Humberto Costa, embora o diálogo, em todas as circunstâncias, seja importante.  Diferentemente de Jarbas, que durante a sobrevida da União por Pernambuco deixou de cuidar do PMDB, Eduardo, ao contrário, parece estar cuidando muito bem do seu rebanho. Bem demais. Os jornais de hoje comentam sobre um possível silêncio do governador Eduardo Campos sobre esse assunto. O silêncio dele é estratégico. O PT é que perdeu o timing de acionamento das pedras no tabuleiro. Jogou mal. A direção nacional da legenda não apostou um centavo na candidatura de Paulo Rubem em Jaboatão dos Guararapes, um dos maiores colégios eleitorais do Estado. Então, naquele momento, a cidade de Jaboatão, na região metropolitana do Recife, já não era estratégica para os planos do partido?   

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