As denúncias publicadas na revista VEJA sobre as irregularidades no Ministério do Esporte alcançaram uma ampla repercussão, colocando em risco a permanência do Ministro Orlando Silva no Governo Dilma Rousseff. Por enquanto, o Governo e o PCdoB, partido ao qual pertence o ministro, estão demonstrando irrestrita solidariedade a Orlando Silva. Dilma teria colocado todos os dispositivos políticos e jurídicos do Estado à sua disposição e espera anciosa que a capa da próxima VEJA estampe uma nova dieta para emagrecimento. Caso contrário, as coisas se complicam de vez. Desesperado e dizendo-se vítima de uma injustiça, Orlando atira para todos os lados, procurando atingir os responsáveis pelo vazamento dessas denúncias, segundo ele, infundadas. A lista de possíveis responsáveis interessados em desestabilizá-lo é enorme: Agnelo Queiroz, governador de Brasília, que já foi ministro daquela pasta e estaria em tecitura com o PT com o propósito de recuperá-la para os “companheiros”; A FIFA – pois é, há até conspiração internacional – insatisfeita com as articulações em torno da Copa do Mundo de 2014, onde o Governo brasileiro estaria demonstrando uma demasiada independência em relação às suas determinações; a CBF, através de Ricardo Teixeira, cujas relações estão truncadas no Planalto. Comunista fichado, o ministro já pediu a proteção até de Deus. Duas questões nos chamam a atenção nesse episódio. Uma, o visível nervosismo e desconforto do Ministro ao tomar conhecimento das denúncias, evidenciadores de que ou ele, de fato, está sendo vítima de uma grande armação ou há algo comprometedor nas denúncias apresentadas. A outra, é uma observação do jornalista Josias de Souza que merece a nossa atenção: Qual a explicação para esse militar, de nome João Dias, servir de elementos de ligação entre os dois ministros, Agnelo Queiroz e Orlando Silva? Com prestígio suficiente para movimentar quantias exorbitantes através do Ministério.Isso, realmente, intriga. Algo nos diz que Orlando está na marca do pênalti. Se for demitido, terá mais tempo para vir ao Alto da Sé saborear uma tapioca com os comunistas.
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