Ainda ontem no http://blogdojolugue.blogspot.com comentamos sobre o imbróglio que está se formando em torno da candidatura petista em São Paulo. Marta tem 30% da preferência do eleitorado paulista, inserção na periferia, uma boa base de apoios partidários, mas é rejeitada pela cúpula do partido – leia-se Lula – que prefere o nome do Ministro da Educação, Fernando Haddad, com apenas 02% das intenções de voto. Conforme informamos, se não houver uma boa compensação, Marta não desiste da empreitada, peitando a indicação de Lula. Trabalhando dentro e fora do partido, Lula tentou - sem sucesso – impedir a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita, pelo PMDB. Depois de manobrar contra sua saída do PSB e ingresso no PMDB, Lula tentou uma conversa com o próprio Chalita, que saiu elogiando a capacidade de sedução do ex-presidente, mas reafirmando o seu propósito de candidatar-se nas eleições de 2012. Que Lula é um caro muito inteligente, não há dúvidas. Inteligente e de um faro político aguçadíssimo, Lula chegou à conclusão que, para desbancar o PSDB do seu ninho mais emplumado seria necessário construir uma candidatura com o perfil da esquerda para o centro, daí ter sugerido a Temer que Chalita era o nome ideal para compor com Haddad. Por enquanto, não houve entendimento. Agora se especula que Lula teria sido um dos principais articuladores da saída de Henrique Meirelles do PMDB para o PSD, com a possibilidade de candidatar-se a prefeito pela legenda. Sabedores das ligações históricas de Kassab com os tucanos, lideranças do partido já teriam se antecipado para informar que uma aliança com o partido é bastante natural, mas advogam que não apoiariam Meirelles, segundo dizem, por discordar de sua política econômica quando esteve à frente do Banco Central. Confesso que gostaria muito de entender esse raciocínio de alguns grãos-tucanos. Em que medida essas concepções macroeconômicas de Meirelles teriam influência na gestão da cidade de São Paulo? Claro que o problema não é esse. A questão é que o PSDB já tem um candidato: Bruno Covas, herdeiro do espólio político do saudoso Mário Covas.
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