O governador Eduardo Campos e o senador Humberto Costa tiveram um encontro com o propósito de aparar as últimas arestas que surgiram nos partidos que compõem a Frente Popular de Pernambuco. Pouca coisa vazou para a imprensa sobre esse grande encontro entre essas duas lideranças políticas do Estado. Enquanto o governador silenciava sobre o assunto, em entrevista concedida ao Jornal do Commércio, do último domingo, o senador Humberto Costa, se nos permitem, não esteve muito preocupado em assumir uma postura conciliadora. Em algumas situações especificas, fez duras críticas às investidas do PSB em minifúndios tradicionais rateados entre os partidos que compõem a aliança, assumindo a defesa do PTB do senador Armando Monteiro. Nos parece entretanto, a julgar pelas entrelinhas, que ele chegou desarmado no Palácio do Campo das Princesas, pontuando sempre a necessidade de os dirigentes partidários se encontrarem e colocaram os pontos nos “i”, evitando que as desavenças se tornem públicas, como a troca de farpas entre Adilson Gomes e Jorge Perez. O que pode melhorar é o diálogo, o contexto político permanecerá o mesmo. As manobras do PSB foram acompanhadas de longe, do ponto de vista geográfico - Eduaro estava na Europa - mas muito de perto pelo tabuleiro montado no Campo das Princesas, com o governador monitorando todos os movimentos. Volto a insistir: o PT mexeu muito tardiamente as pedras do tabuleiro do xadrez político no Estado, ficando a reboque do PSB até mesmo para eleger o presidente da liga de futebol de várzea, uma situação vexatória. O PSB não abrirá mão de sua hegemonia política no Estado. O “moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco sabe que precisa de um céu de brigadeiro para alçar seu vôo para Brasília.
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