Tudo caminha para uma filiação de José Serra ao PSD, possivelmente em 2013. Kassab, dirigente maior da legenda, deve muito a Serra na política. Serra, inclusive, estimulou o pupilo na criação do PSD, que hoje, já consolidado, se apresenta como uma possível opção para mais uma aventura presidencial de José Serra, posto que, no PSDB, ele não teria o aval nesse projeto. Serra, como alguns personagens do escritor Machado de Assis, parece ter idéia fixa de ser presidente da República. Bastante magoado com algumas atitudes do senador mineiro, Aécio Neves, no sentido de isolá-lo na agremiação, candidatar-se mais uma vez seria uma forma de continuar a incomodá-lo. O inusitado fato é que, ao filiar-se ao PSD, Serra acaba na base aliada do Governo Dilma Rousseff. Alguns dias atrás, o PSD abonou a ficha de filiação de um quadro de projeção nacional, o ex-presidente do Banco Central, o economista Henrique Meirelles. Comenta-se que Meirelles tem projetos de candidatar-se a prefeito da capital paulista, conferindo àquele pleito uma disputa até certo ponto surpreendente: entre novatos, já que na outra ponta, surge o nome do Ministro da Educação, Fernando Haddad, apoiado por Lula e setores do PT. Dirigentes do DEM e do PPS desencadearam a operação “segura Serra”, compreendendo que, apesar de tudo, sua saída da agremiação representa uma grande perda. De fato, Serra é um bom quadro.
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