O governador Eduardo Campos, em razão de suas contradições, vem ficando
cada vez mais parecido com o ex-presidente Fernando Collor. Se coloca
contra as velhas oligarquias da política brasileira e se contrapõe
às alianças "mofadas" da presidente Dilma Rousseff, mas alinha-se aos
remanescentes dessas mesmas oligarquias, que transformaram o Estado
brasileiro, no dizer de grandes estudiosos, numa propriedade privada.
Duvido muito, leitores, com o perdão da expressão, que ele tenha "cunhão
roxo" para emendar o bigode com José Sarney e exigir que ele devolda
seus "feudos" nesse arremedo de república. Ainda bem que o "raposismo"
do pernambucano lhes faculta apenas "jogar para a platéia", uma vez que
sua retaguarda está repleta de apoios desinteressados de banqueiros,
ruralistas, empreários etc. Esse discurso contraditório vem se tornando uma marca indelével do pernambucano. Fico com a lingua "coçando" quando o vejo discursar sobre determinados assuntos. Para usar uma expressão do sociólogo Gilberto Freyre, a máquina estadual está "inchada" de DAS e o governo utiliza o conceito de "meritocracia" ao se referir à gestão. Esses cargos são ocupados utilizando-se dos mesmos expedientes tradiconais do favorecimento de apadrinhados políticos que compõe a base de sustentação de qualquer Governo. Um expediente, diga-se, nada republicano. Ele vai modificar isso se algum dia chegar ao Planalto? Marina Silva, sua nova aliada, andou às turras com a bancada ruralista comandada por Ronaldo Caiado que, ontem, andou fazendo juras de amor eterno pela acreana. Pode?
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