pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Turbulência no mundo político pernambucano. Um acidente de 600 milhões de reais.
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terça-feira, 21 de junho de 2016

Editorial: Turbulência no mundo político pernambucano. Um acidente de 600 milhões de reais.



Acabo de ler, nas redes sociais, um comentário do cientista político Roberto Numeriano sobre uma campanha político do ex-governador Eduardo Campos. Dizia ele que, ao passar ali pelo bairro da Torre, aqui no Recife, observou nada menos do que 30 carros da marca gol, novinhos em folha, utilizados na campanha do então governador. À época, suas reflexões se referiam, tão somente, ao poderio econômico da campanha do candidato, enquanto outros dispunham de recursos bem mais modestos, o que, infelizmente, acabava se refletindo no resultado final das eleições. Depois da Operação Turbulência, desencadeada pela Polícia Federal, no dia de hoje, em Pernambuco, não paira mais qualquer dúvida sobre o arsenal de irregularidades que envolviam os apoiadores daquela campanha. 

A lista das falcatruas é extensa, como já disse, envolvendo empresas de fachada, propinas pagas a políticos e empreiteiras, lavagem de dinheiro, malversação de recursos públicos. Num trabalho minucioso, a PF chegou à fabulosa cifra de 600 milhões de reais movimentados por essa quadrilha, que operava desde 2010. Transações irregulares começaram a levantar a suspeita da Polícia Federal, que iniciou o trabalho de investigações que culminou com a operação de hoje - denominada de Turbulência - numa referência ao jatinho CESSNA Citattion, que transportava o então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, quando de sua morte. Agora fica claro porque havia tantas controversas em relação ao real proprietário daquela aeronave. Ninguém assumia ser o seu dono. 

A Operação Turbulência é uma megaoperação, envolvendo 200 policiais federais, com 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca de apreensão, 24 de condução coercitiva e 05 de prisão preventiva, essas últimas envolvendo diretamente os possíveis proprietários daquela aeronave, como os empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieira. Dos mandatos de prisão preventiva, 04 foram cumpridos e um dos acusados encontra-se foragido. Certa vez chegamos a dizer por aqui que temíamos bastante que este grupo chegasse ao poder. Agora sabe-se porque. Estávamos construindo aqui na província um líder cheio de bravatas contra os mau-costumes de nossa política, mas que, na realidade, estava até mais enlameado por eles do que aqueles que ele tanto criticava. Com o devido respeito, costumávamos afirmar que, diante dos fatos que indicavam tamanhas irregularidades com os negócios públicos, o acidade teria sido "providencial". A bem de nossa frágil república. 

Essa oligarquia política que passou a controlar o Estado de Pernambuco é perigosíssima, extremamente danosa aos interesses público. Utiliza-se de métodos fascistas para ameaçar, amedrontar, caluniar e difamar aqueles que se contrapõem aos seus interesses escusos. Os métodos são sórdidos, volto a repetir. Num desses períodos de Páscoa, recebemos a visita de um "coelho" - penso que vocês deduzem de quem estou falando - enfurecido em nossa timiline da rede Facebook, em razão de nossas críticas ao então candidato Eduardo Campos. O professor e cientista político Michel Zaidan quantas vezes não foi atacado por esse grupo, chegando-se ao limite do processo movido contra ele pelo atual governador do Estado, Paulo Câmara(PSB). 

E a blogueira, Noélia Brito, então? que sofreu horrores, vítima de inúmeros processos por apontar ou denunciar alguns desses desvios de conduta de agentes públicos. Hoje, como se diz lá pelas bandas do interior, estamos todos de alma lavada. A justiça foi feita. É emblemático que um site de notícias locais tenha sido tão enfático nas cobranças sobre um pronunciamento da família, dos atores políticos ligados ao ex-governador, do partido PSB, através de sua Executiva Estadual e Nacional. Ninguém fala nada. Nem a família, nem o partido, nem o governador do Estado, Paulo Câmara(PSB), que chegou ao poder através do apadrinhamento do ex-governador Eduardo Campos. Com toda a modéstia, o espaço aqui do blog é bastante democrático.   

Não deixe de ler também:

O mistério em torno da morte do 5º elemento da Operação Turbulência. 



  

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