pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho: Impasses, rebeliões e farpas na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados.
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domingo, 10 de janeiro de 2021

Tijolinho: Impasses, rebeliões e farpas na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados.



Com a proximidade da eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados, prevista para acontecer em  primeiro de fevereiro, não seria incomum que os ânimos ficassem exaltados entre os dois campos de disputa, situação e oposição, com declarações de parte a parte, seja em pronunciamentos, seja através de postagens nas  redes sociais. Se, por uma lado, é difícil aos petistas - sobretudo depois dos pertados políticos que vazaram de um futuro livro escrito pelo ex-deputado Eduardo Cunha - engolirem essa aliança pontual com Rodrigo Maia(DEM-RJ), por outro lado, partidos como o PSL manisfestam um certo desconforto ao perfilarem ao lado de grêmios políticos como o PT, PCdoB, PSOL, Rede, absolutamente divergentes de sua linha programática e ideológica. Assim, esboça-se uma rebelião  entre os seus parlamentares, que não desejam sufragar o nome de Baleia Rossi(MDB-SP) para a Presidência daquela Casa Legislativa. O presidente nacional da legenda, Luciano Bivar(PSL-PE) estaria atuando como bombeiro, tentando apagar o  incêndio, ratificando a decisão do partido de votar no candidato de oposição e não no nome do candidato governista, João Lira(PP-AL). 

Embora eleito com o apoio decisivo do ex-presidente Jair Bolsonaro(Sem Partido), Luciano Bivar(PSL-PE) é um desses que romperam e não nos parece que haverá caminho de volta, apesar da máxima do ex-governador Paulo Guerra, que dizia que em política não existem "Nunca" nem "Jamais".  Confesso aos leitores que até hoje não entendi muito bem os motivos da saída do presidente daquela agremiação, exceto, talvez, pelo que se especula de que ele deseja um partido para chamar de seu. Rusgas, farpas, choros e arrependimentos serão a toada daqui para frente, numa eleição marcada por um grande paradigma político, bastante diferente de outros momentos, onde os arranjos não eram assim tão complexos, como a manutenção, já em UTI, da  própria saúde de nossa democracia representativa. Ao apagar das luzes, segundo informa um colunista, Maia promoveu uma série de nomeações para a ocupação de cargos na instituição, com o propósito de "acomodar" sua base aliada. A informação é segura - do contrário não estaríamos publicando por aqui - uma vez que ela vem respaldada pelos portarias publicadas pelo Diário Oficial. Os recursos de Maia são menos robustos - muito diferente do montante de verbas disponíveis para  liberação através de emendas parlamentares ou nomeações para a máquina - mas eles existem e estão sendo sensivelmente utilizados, consoante acertos políticos.  

Como um hábil ator político, possivelmente, Rodrigo Maia alimenta a estratégia de gerar fatos políticos, ampliando o conflito com o presidente Jair Bolsonaro, numa tentativa clara de demarcar espaço, beneficiando-se dos impasses relativos ao agravamento da pandemia do Covid-19, assim como em relação aos problemas relativos à vacinação em massa da população. Há quem observe, porém, que uma eventual derrota do deputado João Lira(PP-AL), apoiado pelo Planalto, não seria, assim, o fim do mundo. Poderia, até, trazer alguns dividendos políticos positivos para ele na disputa de 2022, pois ajudaria a  jogar o carma pesado do PT no colo dos seus opositores, um fardo difícíl de carregar,  em razão da profunda campanha de desgaste de imagem produzida contra este partido junto a uma opinião pública hoje muito influenciada por fake news. Influenciada, aqui, é eufemismo. Na realidade, uma opinião pública formada por mentiras disseminadas com propósitos sempre escusos. 

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