Nesses tempos difíceis impostos pela pendemia, veio às nossas lembranças os bons tempos passados na Suíça pernambucana, daquelas manhãs de pescaria com as crianças no Hotel Fazenda Alvorada, quando ele ainda era administrado pelo grande Mauro Lima. No café da manhã, os famosos queijos de búfalas, com leite produzido ali mesmo, recolhidos logo cedinho, no curral, sob o olhar embevecido dos guris. O Hotel Fazenda Alvorada tem uma grande vantagem sobre outros equipamentos de lazer daquela cidade, pois fica praticamente dentro do perímetro urbano, permitindo o trânsito fácil para outras atrações da cidade. Garanhuns, ô terrinha boa, como diria o velho Luiz Gonzaga. Vez por outra aparece uns canibais fazendo empadinhas de carne humana, mas nada que estrague os encantos e a força dos seus atrativos junto aos pernambucanos, que, não raro, em épocas específicas do ano, realizam grandes deslocamentos para deles usufruírem. Isso quando não ficam em Gravatá, sua principal concorrente, que possui a ligeira vantagem geográfica de ficar bem mais perto do Recife.
Num período até certo ponto recente, travou-se ali uma das grandes batalhas politicas no Estado, envolvendo, de um lado, o governador Eduardo Campos e, do outro lado, o hoje senador Armando Monteiro, que concorria pela oposição ao Governo do Estado. Garanhuns possui um grande colégio eleitoral e é uma cidade estratégica do Agreste Meridional. Não lembro de maiores detalhes, mas, assim como ocorreu em Caruaru, a briga assumiu contornos de uma batalha pessoal, quando o Palácio do Campo das Princesas à época usou todos os seus recursos políticos para derrotar os adversários. Izaías Régis(PDT), apoiado por Armando Monteiro, deu a vitória a oposição naquela cidade, sagrando-se num dos principais prefeitos rebeldes, assim como Raquel Lyra, em Caruaru. Com a derrota infringida ao governo, ambos tornaram-se duas grandes lideranças políticas regionais, ainda hoje não cooptadas, permanecendo no campo oposicionista, articulando-se para os arranjos políticos em torno das eleições estaduais de 2022.
E, por falar nesses arranjos políticos, sou informado que o nome de Izaías Régis está sendo lembrado na bolsa de apostas para compor uma possível chapa majoritária da oposição na condição de vice, o que poderia agregar a força do voto do agreste, neste caso, com um cabeça de chapa de perfil urbano. É curiosa essa movimentação, pois ela indica uma composição e uma estratégia política que tem como pressuposto integrar votos urbanos e rurais, envolvendo as três principais famílias que disputam a indicação das forças de oposição, os Ferreira, de Jaboatão, os Lyra, de Caruaru, e os Coelho, de Petrolina. Se está havendo um movimento urbano para o interior, neste momento, é de se esperar que Raquel Lyra(PSDB-PE) ou Miguel Coelho(MDB-PE) estejam se preparando para aportar no Recife, de olho no eleitorado urbano.
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