pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho: Isaías Honorato da Silva, O Carrapicho.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Tijolinho: Isaías Honorato da Silva, O Carrapicho.



Para quem ainda não o conhece, Isaias Honorato da Silva(PP-PE), popularmente conhecido como Carrapicho, é o novo prefeito da paradisíaca cidade litorânea de Tamandaré, litoral sul do Estado. Assim como todas as pessoas que vem das bases, tem uma trajetória política marcada por muitas adversidades, cheia de altos e baixos. Mais baixos do que alto. Isaías é uma pessoa humilde, lanterneiro, que complementava a renda familiar com a captura de siris e caranguejos. Foi eleito vereador do município, mas passou por uma processo de descompensação na Câmara de Vereadores do Município, o que lhes rendeu alguns embaraços judiciais. Isaías está sendo festejado por alguns órgãos de imprensa como o homem que derrotou, no município, uma oligarquia política que mantinha o poder por três décadas, os Hacker. A esposa do seu concorrente, Sérgio Hacker, Sari, está envolvida naquela fatídica ocorrência das Torres Gêmeas, que culminou com a morte do menino Miguel. Há motivos para comemorar? Sim, afinal uma oligarquia política foi desbancada, permitindo que um homem do povo ascendesse ao poder. 

Estamos fartos dessas oligarquias no Estado, como deixamos claro no primeiro artigo sobre as eleições estaduais de 2022. Essa hegemonia política - qualquer que seja - é sempre perniciosa para os interesses democráticos e republicanos. O Estado de Pernambuco é prodigo nesses exemplos ( ou seria maus exemplos?), um vício político herdado desde os tempos coloniais, das capitanias hereditárias. Neste cenário, perdemos bastante em termos de transparência de gestão, accountability politica, direito de expressão e crítica e coisas do gênero. Isso para não entrarmos no mérito da gestão temerária dos negócios do Estado, como se o mesmo fosse um negócio familiar, de compadrio, de arranjos nada republicanos, entre apaniguados. Esses grupos familiares criam tentáculos e ramificações no aparelho de Estado que, para removê-los, não se constitui numa terefa das mais simples. Sempre cito o exemplo do PRI, no México, que manteve-se no poder por mais de sete décadas. Qual não foi a surpresa quando o PAN desbancou aquela oligarquia e anunciou o "novo" ministério: tinha mais gente do PRI do que do PAN, o que nos remete à complexidade do problema. Era isso ou a máquina não seria tocada. Aqui em Pernambuco, neste momento político, no melhor dos cenários possíveis para as eleições estaduais de 2022, teremos uma oligarquia familair substituindo a outra. 

Num Estado vizinho, festejamos bastante a derrota da oligarquia Sarney, que dominava o Estado por cinco décadas. Depois se descobre que Flávio Dino(PCdoB) foi educado pelo família Sarney e apenas conseguiu chegar ao poder através de arranjos políticos complexos, que envolviam proeminantes figuras da velha guarda do sarneysismo. Um outro poblema estaria relacionado à tal bacia semântica, que acaba por moldar esses novos atores políticos às velhas estruturas, quase sempre viciadas. Já tivemos experiências similares aqui no Estado, com um cidadão humilde, do povo, conhecido por tocar fogo nos canaviais, que tornou-se prefeito, igualmenter desbancando uma tradicional oligarquia. Logo, tornou-se mais do mesmo. 

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