pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho: O PT, finalmente, desembarca do Governo Paulo Câmara.
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Tijolinho: O PT, finalmente, desembarca do Governo Paulo Câmara.



Não havia mais "clima" para o PT continuar mantendo o relacionamento com o Governo Paulo Câmara(PSB). Embora filiados e militantes do Partido dos Trabalhadores, reiteradas vezes, tenha manifestado o  desejo de que o partido deveria entregar os cargos e constituir-se como força política de oposição no Estado, há motivos para acreditar que, na realidade, pode ter sido o PSB quem tomou a iniciativa de comunicar o rompimento. Depois de trocar inúmeras farpas com a candidata do partido às eleições municipais do Recife, Marília Arraes(PT-PE), o prefeito eleito, João Campos(PSB-PE), mesmo antes de assumir a prefeitura, deixou claro que não desejava o partido em sua gestão, desconsiderando os arranjos políticos complexos e os acordos de cavalheiros que permitiam que membros daquela agremiação política participassem do Governo Paulo Câmara(PSB-PE), pelo menos até o final de 2021. Reforça ainda essa tese um encontro recente entre o governador Paulo Câmara e o líder dos Progressistas no Estado, deputado federal Eduardo da Fonte(PP-PE), cuja pauta teria sido o ajuste da participação daquele partido no Governo. Os Progressistas reivindicavam justamente a Secretaria de Desenvolvimeto Agrário, em tese, prometida ao partido pelos socialistas desde de longas datas. Não há dúvidas de que eles indicarão o nome que deverá substituir Dilson  Peixoto(PT-PE) naquela secretaria. 

Como um partido político de base, o PT ainda costuma sentir o pulso de sua militância, o que é algo muito positivo. A participação do partido no Governo Paulo Câmara era uma tese amplamente rejeitada pela Juventude do Partido, num primeiro momento, e, mais recentemente, circulou um abaixo-assinado com mais de 300 assinaturas endossando essa proposição, argumentando  ser inaceitável o tratamento dispensado  pelos socialistas ao partido nas últimas eleições municipais, um ato de deslealdade. Por outro lado, acredito, ainda assim, tais manifestações não seriam suficientes para demover a sua ala burocratizada de continuar no governo, não fosse por alguns fatos novos que, por conveniência de ambos os lados, poderemos nunca ficar sabendo. Ontem também especulou-se que o PT poderia lançar o nome do senador Humberto Costa ao Governo do Estado nas eleições estaduais de 2022. Trata-se, ainda, de uma possibilidade aventada, nada oficial. Internamente, certamente, teremos um problema, uma vez que a deputada federal Marília Arraes(PT-PE) alimenta projetos majoritários e eu não sei se ela estaria disposta a bater chapa com Humberto Costa numa disputa interna pela indicação.  

Desde a década de 80 do século passado que o senador Humberto Costa é o homem da confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aqui no Estado. Amizade antiga, dos tempos das vacas magras, quando ambos viajavam para o interior do Estado para fazer visitas aos parentes de Lula em Caetés. Era aquele PT que se reunia no Sindicato das Empregadas Domésticas e o carro "oficial' era uma velha Brasília Amarela do Senador. Outro dia fiquei muito feliz ao receber a noticia de que uma de nossas crônicas, tratando deste assunto, venceu um concurso literário e será publicada em breve. Através da ficção, refiz essa viagem do hoje senador àquela região do Agreste Meridional, sem esquecer, naturalmente, as paradas no caminho para saborear um capão à cabidela, com feijão verde com muito quiabo e maxixe, acompanhado de um suco de Umbu e um pedaço de rapadura na sobremesa. Antes de tudo, porém, uma branquinha para abrir o apetite. O pleito de uma provável candidatura de Humberto Costa ao Governo do Estado, nas eleições estaduais de 2022, já contaria com o sinal verde de Lula. Não poderia ser diferente. Como um rebento nordestino legítimo, essa coisa de ingratidão não combina muito bem Lula.   

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