pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A inviabilidade da terceira via?
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domingo, 19 de dezembro de 2021

Editorial: A inviabilidade da terceira via?



A orfandade de um eleitorado que não se sentia compelido a votar nem em Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) e nem em Jair Bolsonaro(PL-DF) nas próximas eleições presidenciais suscitou uma grande expectativa entre os partidos e atores políticos que almejavam ocupar a cadeira do Palácio do Planalto. Assim,surgiu um pelotão de candidatos com o propósito de ocuparem esse espaço, apresentando-se como possíveis alternativas a este eleitorado. Como já afirmamos em outros momentos, ocorre que estamos diante de um eleitorado bastante exigente e reticiente, conforme atestam as inúmeras pesquisas de intenção de voto realizadas até agora.

Exceto, talvez, o ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro(Podemos), que chega a pontuar com 11% das intenções de voto em algumas pesquisas de intenção de voto, nenhum outro nome deste pelotão despontou, de fato, até este momento, como um nome competitivo, capaz de ameaçar a polarização entre os principais concorrentes. É bom que se informe, igualmente, que o ex-juiz amarga uma altíssima taxa de rejeição (61%) e, pelas últimas pesquisas realizadas, Instituto IPEC e Datafolha, ele aparece estacionado.

Ciro Gomes(PDT-CE) e João Dória(PSDB-SP) parecem não ser alternativas a este eleitorado, o pedetista crava 5% e o tucano do bico fino 4% das intenções de voto. São candidaturas com prazo de validade já determinadas. Se não decolarem até abril, deverá ocorrer um estouro da boiada. O governador João Dória tinha um grande trunfo, algo que os institutos já haviam detectado, ou seja, que o eleitorado irá considerar nas próximas eleições: Como o gestor público comportou-se no tocante à crise sanitária que assolou o país. Dória tomou medidas acertadas, mas, com o arrefecimento da pandemia e a memória fraca dos eleitores, há indicadores de que o timing já teria passado.

Confessso aos meus diletos leitores e leitoras que começo a analisar, como muito carinho, as hipóteses de inviabilidade desta terceira via, como sugeriam alguns analistas, desde o início. A coisa é tão complexa que já tem alguém sugerindo uma improvável reaproximação entre Jair Bolsonaro(PL-DF) e Sérgio Moro(Podemos), para se confrontarem com Luiz Inácio Lula da Slva(PT-SP), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto até o momento. Como ensinava uma raposa da política pernambucana, em política não existe "Nunca" nem "Jamais".

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