Quando comandava os destinos dos socialistas aqui na província, o ex-governador Eduardo Campos regia a orquestra de forma firme, não permitindo que os comandados seguissem outra orientação que não fossem as emanadas a partir de suas decisões. Aliás, aqui no Estado, criou-se uma situação daquilo que tratávamos aqui pelo blog como Eduardismo, ou seja, sua liderança tornou-se hegemâonica aqui na província, o que atendia ao seu projeto presidencial de ter um céu de brigadeiro no Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Diferenças com grandes adversários do passado, a exemplo de Jarbas Vasconcelos(MDB-PE), foram superadas nos convescotes dos almoços de finais de semana, em sua residência de veraneio,na praia do Janga, regadas aos famosos cozidos, tão ironizados pelo avô, Dr. Miguel Arraes no passado. Com a sua morte, conforme seria previsto, as coisas mudaram completamente. Os chamados quadros técnicos até tomaram gosto pela política, mas desejam, ao que parece, imiscuir-se ao máximo daquelas tomadas de decisões complicadas.
Geraldo Júlio(PSB-PE), atual Secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, tem afirmado que não deseja ser candidato ao governo, embora,segundo dizem, tem dado sinal verde para uma campanha nas redes sociais em favor de sua indicação. No momento, a indicação do seu nome enfrenta algumas dificuldades. Por outro lado, como comandante natural de sua sucessão, o governador Paulo Câmara(PSB-PE) tem sido cobrado - pressionado talvez fosse o termo mais correto - para bater o martelo sobre essa questão, que, de fato, está parecendo roteiro de novela mexicana.
Segundo dizem, supostamente, teria preferência pelo seu Secretário da Casa Civil, José Neto, um nome leve, limpo, de bom trânsito político dentro e fora das hostes socialistas, mas que encontra uma concorrência forte entre os socialistas raízes, do grupo político, que desejam indicar o nome. Um outro fator que conta - e muito - é o sinal verde da família do ex-governador, herdeira do seu espólio político. É muito provável que, em Janeiro de 2022, depois das festas de réveillon, portanto, essa expectativa seja quebrada, com a indicação do nome que deve concorrer ao Governo do Estado pelo PSB. É muito pouco provável que um outro nome da aliança seja escolhido, uma vez que os socialistas, para fecharem tais alianças no plano nacional, não abdicam da indicação do cabeça de chapa aqui no Estado.
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