pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O grande dilema de Geraldo Alckmin
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Editorial: O grande dilema de Geraldo Alckmin

 


O comentarista político do portal UOL, Matheus Pichonelli, criou uma imagem bastante feliz para se referir a uma possível composição de chapa entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) e o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje sem partido, posto que já comunicou seu afastamento do ninho tucano. Segundo aquele comentarista, Alckmin estaria deixando uma estrada pavimentada e asfaltada para o Palácio dos Bandeirantes para percorrer uma estrada cheia de pedregulhos até o Palácio do Planalto, uma vez que há bastante otimismo no tocante à uma possível eleição sua para o Governo de São Paulo. 

Certamente, não tem sido uma decisão muito simples para Geraldo Alckmin, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o Governo Paulista, realizadas até o momento. Assim como a corrida para o Palácio do Planalto,a corrida para o Palácio dos Bandeirantes está apenas no começo, o que quer dizer que não exista nada de absolutamente certo, mas, pelo andar da carruagem política, ele reúne grandes chances de torna-se governador a partir de 2022. 

As chances de tornar-se vice presidente também existem, mas, afinal, que tipo de vice presidente ele seria? Que acordo estaria sendo costurado entre ele e Lula? Seria apoiado por ele depois do segundo mandato, uma vez que todos os inquilinos desejam permanecer na cadeira por mais 04 anos? Trata-se de um cálculo político relativamente longo para uma raposa política emplumada como Geraldo Alckmin. Lula, por sua vez, preenche várias lacunas uma vez firmando o acordo com o político paulista. 

Alckmin possui um perfil conservador, o que emite as credenciais necessárias para o mercado; Segundo dizem, também poderia facilitar o  trânsito de Lula junto a setores evangélicos, um eleitorado onde o candidato Jair Bolsonaro(PL-DF) leva nítida vantagem. Por ser um ator político com atuação em São Paulo, possivelmente também agregaria densidade eleitoral à chapa, pois o PT precisa ter inserção nesses redutos eleitorais importantes, situados na região Sudeste. Enfim, trata-se de uma composição que ajudaria bastante o petista. Há, ainda, um fato a acrescentar, como o equacionamento de um impasse fundamental para a costura da aliança entre o PT e o PSB, que não abdicaria de abrir mão da candidatura de Márcio França ao Governo paulista. Numa entrevista recente, o socialista afirmou que existia 99% de chance da aliança consolidar-se. 

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