pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O golpe de mestre de Lula
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Editorial: O golpe de mestre de Lula



Comendo o mingau quente pelas beiradas - como se recomenda em tempos turbulentos como este que estamos vivendo - aos poucos, Lula vai costuranto alianças importantes e se consolidando na liderança da corrida presidencial de 2022. Jogadas estratégicas foram utilizadas nos últimos dias, como a declaração de solidariedade ao também candidato Ciro Gomes (PDT-CE), vítima de uma operação da Polícia Federal que apura possíveis irregularidades nas obras de requalificação da Arena Castelão. Por outro lado, a anunciada saída do ex-governador Geraldo Alckmin do PSDB é praticamente um indicativo de que ele deverá compor a chapa de Lula, na condição de vice, como se previa. 

Já há até um encontro agendado entre ambos, no próximo domingo, organizado por uma instituição denominada de Prerrogativas, coordenada por Marco Aurélio de Carvalho, como uma espécie de confraternização de final de ano, que reunirá políticos e lideranças empresariais, sinalizando para futuras composições. Os ingressos, ao preço de 500 reais, logo foram esgotados. O lance de trazer Geraldo Alckmin(Sem Partido) para chapa,resolve o imbróglio em São Paulo e empresta à composição um verniz conservador, como sugeriu o colunista da revista Veja Matheus Leitão. 

Em São Paulo, Márcio França(PSB-SP) deverá ser candidato ao Governo do Estado, ao lado de Fernando Haddad (PT-SP), que concorrerá ao Senado Federal. Essa era a grande condição para o PSB fechar um acordo aliancista com o PT. Com grande capilaridade política nas regiões Norte e Nordeste, a chapa precisa fortalecer-se na região Sudeste, região de grandes colégios eleitorais. Assim, sem sobressaltos ou alardes, o pestita vai consolidando o seu espaço. Quando perguntado se é candidato, afirma que ainda não tomou tal decisão, seguindo um script previamente traçado, moderando o discurso e definindo com muito cuidado as ações. Há quem informe, por exemplo, que sua viagem à Europa teve como propósito esfriar o clima na província e evitar exposições desnecessária. Aqui e ali, ele atira um petardo, como este último em direção ao ex-ministro Sérgio Moro.  

Na última pesquisa do Datafolha, publicada no dia de hoje, ele confirma a pesquisa anterior, realizada pelo Instituto IPEC, aparecendo com 48% das intenções de voto. O principal adversário, Jair Bolsonaro(PL-DF), crava 22%. O curioso nessas últimas duas pesquisas é que o ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro(Podemos) grande esperança de superar o pelotão da terceira via, aparece "estacionado", com seus 11%. É bom sempre lembrar que ele amarga uma rejeição de 61% do eleitorado. Uma das maiores. Mas, cautela e canja de galinha, como recomendava nossos avós, não fazem mal a ninguém. Ainda é cedo para tirar conclusões mais consistentes sobre o comportamento do perfil do ex-juiz nessas pesquisas de intenção de voto. Seria preciso aguardar um pouco mais.     

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