Já faz algum tempo - daí o termo novela - que se especula sobre a possível composição de uma chapa para concorrer às próximas eleições presidenciais, formada por Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) e Geraldo Alckmin(PSDB-SP). Caso a proposta se viabilize, ela poderia contribuir para sanar alguns embaraços políticos, principalmente em São Paulo, praça onde o PT e o PSB encontram algumas dificuldades para consolidar uma provável aliança em nível nacional. Esta seria uma composição estratégica para o PT, pois formaria uma chapa com um nome confiável às hostes conservadoras, fora de região Nordeste e, igualmente, facilitaria a vida do pupilo de Lula naquela praça, Fernando Haddad (PT-SP), que poderia estreitar os laços com Márcio França, do PSB.
Os setores mais "autênticos" do PSB esboçam uma resistência ao nome de Geraldo Alckmin, mas isso seria o de menos, num partido onde os verdadeiros "socialistas" ficaram no passado, como Miguel Arraes, o cronista Rubem Braga e o jurista Evandro Lins e Silva. O PT teria o resultado de pesquisas internas, onde ficaria configurado que Geraldo Alckmin não afungenta os eleitores mais fiéis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, razão que estaria estimulando ainda mais essa possibilidade.
Desafeto do governador João Dória(PSDB-SP), provável candidato do partido às eleições presidenciais do próximo ano, a situação de Alckmin no PSDB ficou bastante difícil, senão impossível. Sua janela de migração partidária é algo tido como certa. Almeja candidatar-se ao Governo de São Paulo, onde lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até o momento, o que tem se constituído num possível obstaculo à sua tomada de decisão. Seria deixar o mais provável pelo duvidoso, o que não combina bem com as decisões tomadas por velhas raposas políticas.
Mesmo numa eventual vitória do petista, este editor já leu alguns comentários poucos alvissareiros acerca do papel a ser desempenhado, em Brasília, por Geraldo Alckmin, na condição de vice Presidente da República. Um nome do "capital" talvez fosse o mais adequado para o petista, como o mineiro José Alencar Gomes da Silva, uma espécie de salvaguarda para ele não fazer "besteira" na presidência. Deu tão certo que a reforma agrária não foi feita e o bancos nunca lucraram tanto. E, para Geraldo, talvez manter as suas bases políticas paulista fosse o mais prudente.
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