pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Um editorial de Natal.
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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Editorial: Um editorial de Natal.


É sabido que o país encontra-se num dos seus momentos mais delicados, seja do ponto de vista político\institucional, seja no que concerne aos problemas econômicos e sociais, agravado por uma crise sanitária que ainda está longe de ser superada,embora, em razão da campanha de vacinação em curso, emita indicadores de arrefecimento. Curioso que nem aqui temos um consenso entre os órgãos, as autoridades de saúde e os representantes do Governo Federal,quando se está em discussão, por exemplo, a vacinação de crianças. 

É evidente que não se deveriam criar obstáculos para a vacinação das nossas criancinhas,sobretudo quando se abre as expectativas de ampliação do retorno às aulas presenciais no próximo ano. Definitivamente, perdemos a perspectiva do diálogo, que poderia produzir os consensos fundamentais num regime democrático. Era o sociólogo jamaicano Stuart Hall quem alertava para os problemas decorrentes desses "binômios', onde um dos polos, inevitavelmente, deseja esmagar o outro. Creio que nem o Papai Noel, com sua vestimenta vermelha, deve ter escapado da sanha dos caçadores de "comunistas' neste Natal, um termo que deixou de ser um verbete dos dicionários de Ciência Política e foi parar nos boletins de ocorrências policiais, posto que alguns desejam "criminalizá-lo'. 

Estamos num país cindido pela ideologia política ou, mais precisamente, por um tipo de "patologia política". Como diria o filósofo, dormimos o sono político que produziu o "monstro", que renasceu a partir das mobilizações de rua contrário ao aumento de centavos nas passagens do transporte coletivo e culminou com a ruptura institucional de 2016. O ódio disseminado pelas milícias digitais, aliado aos procedimentos jurídicos irregulares encarregaram-se de completar o serviço, destruindo reputações de pessoas e instituições, quebrando um dos pilares sagrados da convivência democrática, onde pressupõe-se as garantias das prerrogativas legais exaladas pelo Estado Democrático de Direito.  

É assim que vamos terminar 2021, com instituições em conflito, um país dilacerado, sob uma baita crise social e econômica, que já jogou mais de 22 milhões de brasileiros na condição de extrema pobreza, ou de insegurança alimentar, catando restos de alimentos em caminhões de transporte de lixo e coisas assim. Mesmo num período como este - onde o desejável seria as mesas fartas para todas as famílias brasileiras - temos que falar da simbologia do "osso", que deixou uma marca "indelével" como símbolo da crise social que o país enfrenta neste momento. 

Neste contexto, a única coisa que podemos desejar aos amigos e amigas que nos acompanham por aqui é o "discernimento' necessário para superarmos esses impasses em 2022, retomando terrenos democráticos perdidos, recuperando direitos surrupiados por tais políticas de corte neoliberal, o respeito e a tolerância com grupos indígenas, quilombolas, LGBTQIA+ e, principalmente, exigir  a implemrntação de políticas públicas estruturadoras, que superem a crise econômica e permitam  que os brasileiras e brasileiros excluídos voltem a comer três vezes por dia. Um Feliz Natal para os amigos e amigas que nos acompanham por aqui.  

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