pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O imbróglio da escolha do candidato do PSB para disputar o Governo do Estado.
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sábado, 18 de dezembro de 2021

Editorial: O imbróglio da escolha do candidato do PSB para disputar o Governo do Estado.

 



No momento, um dos assuntos de maior importância na cena política pernambucana recente talvez seja mesmo o último Encontro Estadual dos Socialistas, que contou com algumas defecções emblemáticas e trouxe à baila os problemas enfrentados por aquela agremiação partidária no Estado. A ausência mais notada talvez tenha sido mesmo a do ex-prefeito do Recife, por dois mandatos, Geraldo Júlio(PSB-PE), que seria o nome “natural” para tentar suceder o governador Paulo Câmara(PSB-PE) no Palácio do Campo das Princesas. Natural, inclusive, pelos seus fortes vínculos com a família Campos, herdeira do espólio político do ex-governador Eduardo Campos. Mas, por algum motivo, o hoje Secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Pernambuco tem afirmado reiteradas vezes que não pretende disputar o cargo de governador nas próximas eleições estaduais. E este fato já teria deixado de ser cautela ou estratégia.

Não vamos aqui fazer um exercício de dissecação desses motivos - embora o conheçamos - mas,é inegável que a sua relação com o governador do Estado, Paulo Câmara(PSB-PE), já teve dias melhores, uma afinidade construída depois da orfandade deixada pelo ex-governador Eduardo Campos, o grande timoneiro do grupo. Ambos foram quadros técnicos pinçados à condição de políticos. Uma estratégia que Eduardo encontrou para apaziguar as disputas internas dentro da legenda, sobretudo no tocante aos seus quadros políticos. 16 anos ininterruptos de exercício do poder pode ser muito interessante para se conhecer todas as nuances e o azeite da máquina, mas também produz muito desgaste, uma espécie de fadiga de material. 

Exigiria dos governantes um constante grau de oxigenação da máquina, cuidados redobrados com a imagem, boas estratégias de comunicação, projetos sincoronizados com esses 'novos tempos', para se contrapor a esse desgate natural. Os afazeres domésticos - como diria as nossas estimadas senhoras do lar - por vezes, impedem esses cuidados. Alguma coisa falhou por aqui e hoje a preocupação seria a de evitar uma sangria maior, a ampliação da perda de contato com as bases, submetidas ao assédio constante dos  adversários da oposição, que, aliás, estão aparecendo muito bem nas primeiras pesquisas de intenção de voto.  

Conforme comentamos por aqui numa postagem anterior, o mesmo fenômeno estaria ocorrendo na Bahia, governada pelo PT por 16 anos, que vê no horizonte uma possível volta do Carlismo, na pessoa de ACM Neto(União Brasil-BA), de acordo com as mais recentes pesquisas de intenção de voto. Há muito água ainda para correr no rio das eleições de 2022, mas, ele apresenta-se como um candidato forte, que não será fácil derrotar.  O governador Paulo Câmara está sendo cobrado no tocante a uma definição deste nome, uma vez que é ele que deve comandar o processo sucessório dentro das hostes socialistas. 

Com a iminente exclusão do nome do ex-prefeito Geraldo Júlio, novos nomes surgem na bolsa de apostas das possibilidades de escolha, como os políticos Tadeu Alencar(PSB-PE), Danilo Cabral(PSB-PE) e o Secretário da Casa Civil, José Neto, ator de um excelente trânsito político dentro e fora do Governo, uma qualidade muita enaltecida até mesmo pela oposição. Dentre os três, aquele que possui maior afinidade com a família Campos seria Danilo Cabral, além de possuir bases políticas bem adubadas no interior do Estado.  

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