pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Caos na Polícia Científica brasileira deixa crimes sem punição.
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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Caos na Polícia Científica brasileira deixa crimes sem punição.


No último final de semana, alguns dos veículos mais importantes da imprensa nacional se dedicaram a analisar a crise vivida pela polícia científica no Brasil. O quadro é desolador e está na raiz dos graves problemas de impunidade, uma vez que um inquérito policial sem as evidências materiais concretas e irrefutáveis de sua autoria pode, em alguns casos, condenar inocentes ou absolver culpados, o que é bem pior. No primeiro caso, ainda pode se recorrer à máxima do “in dúbio pro reo”, como ensinava o professor Padilha, da Polícia Civil de Pernambuco. Já no segundo caso, o Estado deixa de punir delinqüentes, alguns deles responsáveis por atos atrozes. Veja-se como um trabalho de perícia bem feito é importante. No caso dos Nardones, que assassinaram a filha, Isabella Nardoni, que foram julgados e condenados, o trabalho da perícia foi fundamental. Apenas o trabalho da perícia, uma vez que não havia testemunhas. Em Pernambuco, o caso Serrambi, onde duas adolescentes foram abusadas sexualmente e brutalmente assassinadas, é emblemático. Há ausência de evidências e provas contundentes, permitiram aos advogados de defesa a possibilidade de atuar em cima de uma processo com falhas, possibilitando a absolvição de dois acusados apresentados pela polícia como os responsáveis pelo crime. No Rio Grande do Norte há um caso bastante semelhante, envolvendo o assassinato da adolescente Elisa, praticamente nas mesmas circunstâncias, no litoral potiguar. Durante o julgamento, com a absolvição dos apontados como culpados, o pai da adolescente morreu. Um irmão dela matou um dos acusados e também foi assassinado. O caso Elisa, cujo editor do blog solicitou uma copia do processo a um reporter policial da cidade de Mossoró, envolve um enredo digno dos autores de best-seller americano, não fosse o fato de apontar para uma realidade desanimadora, ou seja, quando o trabalho da polícia científica não é bem feito, os processos tornam-se inconsistentes, tolhendo o Estado de punir culpados. Nós não vamos entrar em detalhes, ma falta de tudo na polícia científica de todos os Estados da Federação. A começar pelo número de profissionais com atuação na área. Consoante a proporção desejada em relação ao número de habitantes, nós precisaríamos de algo em torno de 36 mil profissionais atuando na polícia científica. Temos pouco mais de 6 mil.

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