José Luiz Gomes
Ontem, publicamos por aqui uma crônica sobre a cidade de Serra Branca, na região do Cariri paraibano, onde, nessa época do ano, é realizado o melhor São João do mundo, com um autêntico forró pé de serra. Dizia por ali, tratar-se de uma grande bobagem entrar nessa briga entre Caruaru e Campina Grande. E olha que Serra Branca é apenas um desses redutos. Existem outros, como Bananeiras e Areia, por exemplo, apenas para ficarmos nos exemplos paraibanos. Eu não vou afirmar aqui que choveram pedidos de informações dos internautas sobre a cidade de Serra Branca. Iria parecer que desejávamos super dimensionar o alcance do blog. Mas surgiram, sim, alguns leitores interessados em passar os festejos juninos naquela cidade, e, como tal, por não conhece-la ainda, ansiosos por algumas informações. No rodapé da página, informo a esses leitores como chegar até à cidade, através do meu precário GPS e aproveitar seus melhores momentos ali. Havia esquecido até de um detalhe: o calendário dos festejos deste ano permite conhecer a feira da cidade, que ocorre no sábado. Não preciso dizer para vocês o que significa uma feira de interior.
Por falar em GPS, hoje resolvi voltar do trabalho através de uma dessas conduções oferecidas pelos aplicativos. Conversa vai, conversa vem, descubro que o motorista já morou em Natal, cidade que devo visitar nos próximos dias, para falar sobre um dos seus filhos mais ilustres: o folclorista Luís da Câmara Cascudo. O cara nos deu várias dicas sobre a cidade, seus bairros, seus bons restaurantes, seus equipamentos culturais, suas melhores praias. Já conhecia Natal, inclusive de uma época em que o hotel Reis Magos ainda estava em funcionamento. Já se vão longos anos, diriam os leitores. E vocês tem razão. A praia dos artistas, que já foi o perímetro urbano mais badalado de Natal, entrou em declínio com a construção da via costeira, que praticamente redirecionou os equipamentos de hospedagem e tudo o mais para a praia de Ponta Negra.
Mas, nos seus tempos áureos, a Praia dos Artista recebeu este nome em função do grande contingente de artistas nacionais que frequentavam o local. O Israel, motorista do aplicativo, nos informou, por exemplo, que Roberto Carlos era um assíduo frequentador daquele badalado point, onde se hospedava no Hotel Reis Magos. A decadência foi rápida. Os equipamentos de hospedagem hoje são precários e tornou-se um local inseguro, constituindo-se quase uma aventura fazer uma visita ao Forte dos Reis Magos. Durante a realização da Copa do Mundo de 2014, chegou a ser cogitada a reabertura do hotel Reis Magos, mas, por algum motivo o projeto não foi concretizado. Ao contrário, hoje se pensa seriamente em demoli-lo, com o sinal verde até do Ministério Público. Hotel foi construído em 1965, com recursos do Estado do Rio Grande do Norte e da famigerada Aliança para o Progresso. Salvou a festa a orquestra do maestro pernambucano Nelson Ferreira.
Feito esses reparos políticos, no entanto, trata-se de um ícone da arquitetura modernista da região. Por outro lado, também foi um marco importante na consolidação do turismo regional. Há um movimento que se contrapõe à demolição daquele equipamento, intitulado #(R)existe Reis_Magos, que tem se mostrado bastante ativo nas redes sociais. Eles argumentam, por exemplo, que não existe um laudo técnico apontando comprometimento de sua estrutura física. O Reis Magos era um excepcional equipamento por dentro e por fora. Os quartos eram espaçosos e arejados, as camas daquelas que o caboclo só precisa dar o primeiro impulso, se é que vocês nos entendem. Como naquela época, ainda não existia esse tal de Wi-Fi, o que curtimos mesmo no local foi essa boa cama para as estripulias que ainda são permitidas aos mais jovens, um bom banho em sua famosa piscina e uma farofa d'água com carnes de carneiro e guiné. Ainda hoje, quando pensamos no assunto, a boca enche d'agua...
Mas, nos seus tempos áureos, a Praia dos Artista recebeu este nome em função do grande contingente de artistas nacionais que frequentavam o local. O Israel, motorista do aplicativo, nos informou, por exemplo, que Roberto Carlos era um assíduo frequentador daquele badalado point, onde se hospedava no Hotel Reis Magos. A decadência foi rápida. Os equipamentos de hospedagem hoje são precários e tornou-se um local inseguro, constituindo-se quase uma aventura fazer uma visita ao Forte dos Reis Magos. Durante a realização da Copa do Mundo de 2014, chegou a ser cogitada a reabertura do hotel Reis Magos, mas, por algum motivo o projeto não foi concretizado. Ao contrário, hoje se pensa seriamente em demoli-lo, com o sinal verde até do Ministério Público. Hotel foi construído em 1965, com recursos do Estado do Rio Grande do Norte e da famigerada Aliança para o Progresso. Salvou a festa a orquestra do maestro pernambucano Nelson Ferreira.
Feito esses reparos políticos, no entanto, trata-se de um ícone da arquitetura modernista da região. Por outro lado, também foi um marco importante na consolidação do turismo regional. Há um movimento que se contrapõe à demolição daquele equipamento, intitulado #(R)existe Reis_Magos, que tem se mostrado bastante ativo nas redes sociais. Eles argumentam, por exemplo, que não existe um laudo técnico apontando comprometimento de sua estrutura física. O Reis Magos era um excepcional equipamento por dentro e por fora. Os quartos eram espaçosos e arejados, as camas daquelas que o caboclo só precisa dar o primeiro impulso, se é que vocês nos entendem. Como naquela época, ainda não existia esse tal de Wi-Fi, o que curtimos mesmo no local foi essa boa cama para as estripulias que ainda são permitidas aos mais jovens, um bom banho em sua famosa piscina e uma farofa d'água com carnes de carneiro e guiné. Ainda hoje, quando pensamos no assunto, a boca enche d'agua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário